“Mamma mia!”: Porto vê pela primeira vez um dos mais célebres musicais do West End, que se estreia amanhã no Coliseu. JN já falou com o elenco.
Corpo do artigo
São mais de 20 anos na estrada, numa digressão de sucesso que tem levado atores, encenadores, temas dos ABBA, ilusão, romance e cenografias a evocar a Grécia, a mais de 40 países. “Mamma Mia!, o musical”, regressou na passada semana a Lisboa, onde já tinha estado há quase 10 anos, e estreia-se agora no Porto – há cinco dias de récitas no Coliseu, entre amanhã e domingo.
A produção, coreografia e cenografia do espetáculo é, no cerne e essência, a mesma do original do West End – onde o musical está há 25 anos em palco. É a história de Catherine Johnson, adaptada em 2008 para um filme de sucesso em Hollywood, a da rapariga de 20 anos, Sophie, que está prestes a casar-se e decide descobrir quem é o pai, convidando três “suspeitos” para umas férias na idílica ilha grega onde reside com a sua mãe – motivando uma série de imprevistos caricatos e romances. Tudo isto vem embrulhado na manta cintilante que inspirou o musical: 22 icónicas canções dos ABBA, a lendária banda sueca que continua a vender discos, mais de 50 anos após o seu pico nas tabelas.
As mulheres fortes
No Sagres Campo Pequeno, onde o JN se encontrou com o elenco de “Mamma mia!” –Sarah Earnshaw, Nicky Swift, Richard Standing, Bob Harms e Stuart Reid – é claro para os protagonistas que reside precisamente aqui, nesta base musical, o fenómeno: “É a música dos ABBA que verdadeiramente faz tudo. As pessoas ainda a amam, é universal. Público de todas as idades, em todos os lugares, parece que as canções não envelhecem”, defende a atriz Nicky Swift, Rosie na produção.
Para Richard Standing, Sam em “Mamma mia!”, há motivos adicionais: “É também por ter mulheres muito fortes no foco da história, elas são as personagens centrais, o que não é assim tão comum. E também é sobre amor, e as histórias de amor nunca cansam. É sobre amores antigos, amores jovens, isso é universal. E é por isso que funciona na China, na Índia, Dubai, em todo o Mundo”. Nicky acrescenta: “Cada pessoa pode escolher uma personagem no palco e dizer ‘este sou eu’. Todos podem identificar-se com uma personagem, homem, mulher, jovem, mais velho, não importa”.
Para o elenco da tournée internacional, a universalidade da música e da história é tal que todos os públicos os acolhem de forma muito positiva, mesmo quando o inglês não é a sua língua. “O engraçado é que nem sempre se riem ou reagem nos mesmos pontos. Aí vemos diferenças, nas partes que mais resultam ou ligam com aquela cultura. Mas no todo, resulta sempre”, defende Sarah Earnshaw.
Ao JN, o elenco admite ter uma profissão feliz: “Viajamos pelo Mundo, temos espetáculos todas as noites, mas chegamos a estar 15 dias numa cidade, que conseguimos conhecer”, contam. O grupo diz-se agora “ansioso por descobrir o Porto”.
Com música e letras de Benny Andersson e Bjorn Ulvaeus, “Mamma Mia!, o musical”, da promotora UAU, tem bilhetes entre 35 e 80 euros.