A preposição e a locução prepositiva: regências dos adjetivos e dos nomes
O emprego de algumas preposições pode levantar dúvidas. Assim, atente nas seguintes regras para as utilizar convenientemente.
Corpo do artigo
Em primeiro lugar, a preposição de não se contrai com o pronome nem com o artigo, quando é seguida de um infinitivo: Gosto de o ler. Tenho pena de o livro estar estragado.
Quando um topónimo não é precedido de artigo, usa-se apenas a preposição para indicar o complemento preposicional: Lugar onde: Estamos em Coimbra. Lugar aonde: Vamos a Coimbra. Lugar donde: Vimos de Coimbra.
Sendo a preposição uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo ao primeiro, ou seja, o regente e o regido significa isto que a preposição é o termo que liga substantivo a substantivo, verbo a substantivo, substantivo a verbo, adjetivo a substantivo, advérbio a substantivo, etc. Ora adjetivos podem reger uma ou mais preposições. Vejamos os seguintes exemplos: abstraído de/em; admissível a/em; alheio a; anexo a; ansioso por/de; apto a/para; atinente a; ávido de; baseado em/sobre; condescendente com/para com; conivente com/em; contemporâneo a/de; divergente de/entre; doutorado em/por; entendido em/por; extrínseco a; inconciliável com; inerente a; incontinente em; indispensável a/em/para; indigno de; inexperiente de/em; investido de/em; necessário a/em/para; passível de; posterior a; precavido contra/para; predisposto a/para; preventivo contra/de; susceptível a/de; unânime em.
O mesmo acontece em relação aos nomes ou substantivos. Vejamos alguns exemplos: admiração a/por; aversão a/por; atentado a/contra; capacidade de/para; dúvida acerca de/em/sobre; horror a; impaciência com; medo de; obediência a; respeito a/com/para com/por.
As preposições são igualmente regidas pelos verbos. Este assunto será tratado nas próximas edições.
* Professora de Português e formadora do acordo ortográfico