Autora de culto que possuía um registo muito próprio faleceu esta segunda-feira, em Lisboam aos 64 anos.
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Poucos ficavam indiferente ao seu registo poético, algures entre o aparentemente “naïf” e o prosaico, mas em que cabiam também as mais variadas reminiscências literárias e filosóficas. Adília Lopes, nome indissociável da poesia portuguesa contemporânea, faleceu esta segunda-feira à noite, no Hospital de São José, em Lisboa, vítima de doença prolongada.
A divisão clara de opiniões que os seus poemas por norma provocavam fez-se notar logo nos primeiros anos de publicação. Em 1984, integrou o Anuário de Poetas não Publicados da Assírio & Alvim. O primeiro livro em nome próprio surgiria no ano seguinte, ostentando um título que pode ser lido como uma introdução à sua poesia: “Um jogo bastante perigoso”.