Para ver até 24 de novembro, a bienal mais antiga do mundo apresenta-se com a edição mais disruptiva da sua história.
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O que é ser estrangeiro? Como ser parte de um lugar que, apesar de não nos ser berço, queremos que seja casa? Considerando que a História é, desde sempre, feita de migrações, da viagem e dos encontros de culturas que daí derivam, porquê que continuamos, em pleno século XXI, a estar tão convictos de identidades cristalizadas por regimes, conservadorismos e faltas de informação? Porquê que o nosso conforto interior depende tanto de normas e tão pouco do respeito pela natureza de cada um? Não seremos nós, ocidentais, demasiado fechados sobre a nossa própria visão do mundo? Não será este nosso paternalismo em relação ao resto do mundo uma manutenção de um pensamento colonial que nos ficou de forma endémica?
