Amares atribui Prémio Literário Sá de Miranda a João Luís Barreto Guimarães

Em conferência de imprensa, o presidente do júri, Sérgio Guimarães de Sousa, explicou que o livro “Aberto Todos os Dias”, escrito pelo poeta que recebeu o Prémio Pessoa em 2022, foi distinguido de forma unânime pelos três jurados entre cerca de 200 obras a concurso.

O júri destacou a capacidade de o escritor, através de uma “linguagem muito acessível”, “enfatizar e valorizar os objetos do dia a dia que, à primeira vista, passam despercebidos”, conseguindo “extrair dessa objetualidade do quotidiano novos sentidos, novas significações”.

“A obra revela, na sua arquitetura compositiva, uma notória maturidade estética, através da qual o autor, numa linguagem aparentemente de uso corrente e inclinação narrativa, mas moldada por uma fina ironia e por uma métrica invulgar, dá força e originalidade a um imaginário rico em objetos e presenças tangíveis de elevada sugestividade”, apontou Sérgio Guimarães de Sousa.

Natural do Porto, João Luís Barreto Guimarães sucede a Nuno Júdice (“Mito da Europa”, 2019), Ana Luísa Amaral (“Ágora”, 2021) e José Tolentino de Mendonça (“Introdução à Pintura Rupestre”, 2023) como vencedor do Prémio Literário Francisco Sá de Miranda, que é atribuído de dois em dois anos e tem um valor monetário de 7500 euros.

O prémio contempla a modalidade de poesia e destina-se a autores de língua portuguesa, com o objetivo de homenagear e divulgar o poeta e humanista Francisco de Sá de Miranda, bem como incentivar a criação literária neste domínio. Segundo o regulamento, são admitidas a concurso obras editadas em livro e cuja primeira edição tenha ocorrido durante os dois anos civis anteriores ao ano a que se refere o concurso.

A organização do Prémio Literário Sá de Miranda está a cargo do Centro de Estudos Mirandinos, uma valência cultural que faz parte da Câmara Municipal de Amares.