O promotor Luiz Montez, que seria o responsável pela vinda de Amy Winehouse ao Festival Sudoeste, em Agosto, reagiu com surpresa à morte da cantora. Ao JN, Montez revelou que o cancelamento do concerto se deveu a problemas de saúde e pressão da editora.
Corpo do artigo
Em Outubro do ano passado, Luiz Montez foi contactado pelo agente de Amy Winehouse, Paul Franklin, que questionou sobre a possibilidade da cantora ser cabeça-de-cartaz no Festival Sudoeste, no início de Agosto. O promotor revelou, ao JN, que ainda esperou pelos concertos da cantora no Brasil para dar o "sim".
"Amy apresentou-se muito bem no Brasil. A imprensa brasileira, inclusive, desconfiou de 'playback'. Depois destes concertos, ganhamos confiança e assinamos contrato para trazê-la ao Sudoeste", disse.
A boa fase de Amy Winehouse, porém, durou pouco tempo. Poucos meses depois, Luiz Montez e os agentes da cantora já estavam preocupados com o comportamento destrutivo de Amy Winehouse.
"O agente já estava um bocado ansioso com o que poderia acontecer... e, em Junho, decidiram cancelar porque ela não dava garantias", revelou. "Alegaram problemas de saúde, mas também houve pressão da editora, que pretendia lançar um novo álbum no Natal e não queria que ela aparecesse em público", acrescentou.
Segundo revelou, o produtor musical português foi apanhado de surpresa com a morte de Amy Winehouse. "Conheço muitos artistas nacionais e internacionais que padecem dos mesmos problemas e têm durado a vida inteira. Não me passava pela cabeça que ela queria se destruir a este ponto", disse.
"Era especial, tinha um talento enorme e ninguém lhe deu a mão", concluiu o produtor.