Música acelerada e nostálgica, música gravíssima. E ainda: elogio das críticas negativas e da luta pelos direitos LGBTQ.
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A Arte do Dia foi a banhos e regressa veloz. Mais concretamente, a 160 batidas por minuto, e com uma certa nostalgia daquele tempo, na primeira metade dos anos 1990, em que das raves, geralmente ilegais, brotaram os sons em processo de aceleração científica que deram origem ao jungle e ao drum & bass. É de uma mistura de músculo e doçura retro que é feita a vibrante estreia nas composições da produtora e DJ inglesa Sherelle. Eis "160 down the A406":
De outros sons se faz um dos festivais mais peculiares do verão musical português. De hoje até sexta 27 decorre o Gravíssimo!, Festival e Academia Internacional de Metais Graves dirigido pelo tubista Sérgio Carolino e pelo trombonista Hugo Assunção. Acontece no Mosteiro de Alcobaça, está na 11ª. edição, tem um elenco de músicos de diversas proveniências e arranca pelas 21.30 horas com uma Surrealistic Discussion.
No site Gawker, B. D. McClay escreve sobre a necessidade imperiosa de as críticas negativas não entrarem em extinção, pressionadas pela mentalidade de gangue dos fãs. É uma peça essencial de qualquer ecologia social e cultural. Questão não menos essencial: como fazê-las?
"A night at the Sweet Gum Head: Drag, drugs, disco, and Atlanta's gay revolution" é o primeiro livro do escritor americano Martin Padgett, e recorre ao percurso de dois homossexuais para mergulhar na história dos direitos LGBTQ na capital do estado da Geórgia. Um excerto da obra, situado em 1971, lê-se em The Paris Review.
Feche-se com um outro tipo de aceleração sonora: "Fast car" tem funk, tem pop para o pôr-do-sol, tem um esqueleto de maquinaria precisa. Obra de Syd, cantora e compositora de Los Angeles, fundadora de The Internet.
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