Decisão do Conselho de Ministros abrange todo o património arquivístico desde a data da fundação do DN até 2003.
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"É o justo reconhecimento de uma marca de grande valor", disse o CEO do Global Media Group (GMG), Marco Galinha, dono do "Diário de Notícias", sobre a classificação do arquivo do DN como Tesouro Nacional. A decisão foi tomada pelo Conselho de Ministros.
O despacho destaca tratar-se do jornal mais antigo do país em atividade, "uma publicação de referência" que "já atravessou três séculos de história".
"A vida do Diário de Notícias, ao longo dos anos, firmou-se enquanto testemunho notável de vivências e factos históricos. Noticiou todos os grandes eventos, nacionais e internacionais, nomeadamente a queda da Monarquia e a implantação da República em 1910, as Grandes Guerras, entre muitos outros", destacou o GMP em comunicado.
A mesma nota dá conta de que o despacho governamental determina que "o património de natureza arquivística integra" o "arquivo administrativo, constituído pela documentação produzida pelos órgãos de gestão e serviços de apoio (atas, contabilidade, recursos humanos, recursos jurídicos)", além do "arquivo da redação, que inclui dossiers temáticos, recortes de imprensa, recortes de censura, desenhos originais de inúmeras individualidades, que foram utilizados em ilustrações no jornal, coleções completas das publicações do Diário de Notícias e de outras publicações da empresa, desenvolvidas no âmbito da sua atividade editorial, até 2003".