Portugueses aderiram finalmente a um género que há muito é dos mais dinâmicos nos principais mercados.
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O que têm em comum o Papa Francisco, Angela Merkel, Mussolini, Michael Richards, Francisco Seixas da Costa ou Mário Soares? A resposta, para quem frequenta livrarias com regularidade, é muito simples: todas essas figuras inspiraram recentemente biografias ou livros de pendor memorialístico, engrossando sobremaneira a oferta editorial. De género marginal ou irrelevante, as biografias passaram, nos últimos anos, a ser um dos eixos estratégicos da estratégia das editoras portuguesas, à semelhança do que acontece em mercados como o anglo-saxónico, onde as biografias são um dos mais sólidos géneros literários.
Se em Espanha os números revelam que o índice de leitura deste género duplicou no espaço de uma década, passando de 9% para 18%, por cá a própria Associação Portuguesa de Editores e Livreiros diz desconhecer a percentagem exata. Sabe-se, porém, que a não-ficção representa 30% das vendas do setor e que as biografias detêm uma fatia importante deste bolo.