O pequeno guerreiro gaulês criado por René Goscinny e Albert Uderzo regressa às livrarias a 21 de outubro, num livro intitulado "O menir de ouro", confirmou ao JN a ASA, que o vai editar em Portugal.
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Não se trata, porém, de uma nova aventura de Astérix. A edição de 2020 segue a norma de publicação que tem sido seguida nos últimos anos: num ano, há história original no formato clássico de BD; no ano seguinte, é lançado um livro ilustrado. "O menir de ouro" segue-se ao inédito "A filha de Vercingétorix", de Jean-Yves Ferri e Didier Conrad, lançado em 2019. Dentro da mesma lógica de alternância, recentemente foram disponibilizados "Os XII trabalhos de Astérix" (2016) e "O segredo da poção mágica" (2018), que é um álbum do filme homónimo.
História de 1967
"O menir de ouro" adapta uma aventura sonora, assinada pelos autores de Astérix, lançada em 1967, num disco de 12 polegadas e 33 rotações, acompanhado de um livro. O seu protagonista é Cacofonix, que decidiu participar no famoso concurso de canto dos bardos gauleses para conquistar um menir de ouro. Astérix e Obélix são indicados para o acompanhar e protegerem dos romanos, embora o risco que realmente correm seja o de ficarem surdos!
A versão áudio original, com música de Gérald Calvi, contava com as vozes de Roger Carel (como Astérix), Jacques Morel (Obélix) e Jacques Jouanneau (Cacofonix), sendo que o tema que este último cantava, "Menhir montant, mais oui madame!", se inspirava livremente na canção "Ménilmontant", de Charles Trenet.
Uderzo coordenou
Último projeto acarinhado por Uderzo, antes do seu falecimento a 24 de março último, "O menir de ouro", terá 48 páginas que reproduzem integralmente o texto de Goscinny e as 14 ilustrações que o desenhador fez para a edição original. Os desenhos foram alvo de um trabalho de restauro, que eliminou as tramas de impressão e fez uma calibragem das cores, que assim foram rejuvenescidas, sem perda de fidelidade em relação ao acabamento vintage original.
A versão portuguesa será disponibilizada em simultâneo com a edição francófona. Terá uma tiragem inicial de cem mil exemplares, modesta quando comparada com os dois milhões de "A filha de Vercingétorix". Uma versão áudio da história será disponibilizada online, também em português.