Ativistas climáticos derramaram, esta terça-feira, um líquido preto sobre a obra-prima do pintor austríaco Gustav Klimt, "Morte e Vida", no Museu Leopold de Viena, na Áustria.
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"Os restauradores estão a trabalhar para determinar se a pintura protegida por vidro foi danificada", disse o porta-voz do museu Klaus Pokorny, em declarações à AFP.
Um grupo de ativistas climáticos austríacos e alemães chamado "Última geração" reivindicou a responsabilidade pelo ataque no Twitter. Nas imagens, vê-se dois homens que deitam um líquido preto e oleoso na famosa pintura de Klimt antes de serem detidos por um funcionário do museu. "Parem com a destruição de fósseis.
Estamos a correr para o inferno climático", gritou um dos manifestantes.
Climate activists say they aren"t hurting anybody by attacking art works like this Klimt just now, but they"re creating energy scarcity by reducing natural gas production, anxiety disorders in children, and multiple car accidents & at least 1 death.
- Michael Shellenberger (@ShellenbergerMD) November 15, 2022
pic.twitter.com/hg6OKgMiL8
Esta terça-feira, a entrada no Museu Leopold era gratuito como parte de um dia patrocinado pelo grupo austríaco de petróleo e gás OMV.
Numerosas obras-primas em toda a Europa têm sido atacadas nas últimas semanas em protestos pela falta de ação contra as alterações climáticas. Ativistas colaram-se a uma pintura de Francisco Goya em Madrid, atiraram sopa a obras de Vincent van Gogh em Londres e Roma e puré de batatas num quadro Claude Monet.
Dezenas dos principais museus do mundo emitiram uma declaração conjunta na semana passada a dizer que ativistas ambientais que atacam pinturas "subestimam severamente" os danos que podem ser causados. A declaração foi liderada pelo Museu Prado, em Madrid, e assinada pelos diretores de mais de 90 museus de renome mundial, incluindo o Guggenheim em Nova Iorque, o Louvre em Paris e o Uffizi em Florença.