Trabalham 142 mil pessoas no setor cultural e criativo em Portugal. Maioria tem mais de 35 anos e ensino superior.
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No ano de 2020, em que a Cultura foi fortemente afetada pela pandemia, a população empregada no setor cultural e criativo teve um acréscimo de 6,8% em relação a 2019, empregando 142 mil pessoas, segundo os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Neste terreno, 50,1 % dos empregados são homens e 68,3% têm mais de 35 anos. O setor é altamente qualificado, tendo 65,4% das pessoas formação superior.
De acordo com os dados provisórios de 2020 do INE, o total das empresas no setor da Cultura também cresceu 7,1% em relação ao ano anterior. Para esse acréscimo quem mais contribuiu foram as de atividades de apoio às artes do espetáculo (mais 24,4%); distribuição de filmes, vídeos e programas de televisão (22%); e empresas de edição de jogos de computador (19,2%).
Um valor que nem sempre se traduz no volume de negócios. No ano passado, as operações que registaram maiores decréscimos foram as atividades dos museus (menos 68,7%), reprodução de suportes gravados (66,9%), projeção de filmes e de vídeos (60,5%), atividades das artes do espetáculo (55,8%) e as atividades de apoio às artes do espetáculo (47,8%).
Pelo contrário, as atividades das bibliotecas e arquivos (57,8%), edição de jogos de computador (29,7%) e as atividades de gravação de som e edição de música (23,1%) cresceram.
Preços em queda
Em 2020, o índice de preços no consumidor teve as descidas mais acentuadas nos livros (descida de 38,7%); equipamento para receção, registo e reprodução de som e imagem (13,3%); e nos preços do equipamento audiovisual, fotográfico e de processamento de dados (8,1%). Nos livros, o maior decréscimo verificou-se nos manuais escolares, que diminuíram 78% em relação ao ano anterior.
Em sentido contrário, houve aumentos nos preços dos jornais e outras publicações periódicas, um crescimento de 3,9% relativamente a 2019.
No que diz respeito aos serviços culturais, diminuíram 1,6% em 2020, para o qual contribuíram os preços relativos ao cinema, teatro e concertos (uma quebra de 4,1%) e taxas das licenças de televisão e de rádio e assinaturas (2%). Pelo contrário, registaram-se aumentos nos preços dos serviços fotográficos (5%) e dos museus, bibliotecas e jardins zoológicos (2,1%).
O preço médio dos bilhetes de espetáculos ao vivo atingiu os 17,8 euros (contra 20,8 euros em 2019), destacando-se o circo, com 43,8 euros por bilhete. Seguiram-se a ópera (21,4 euros), outros estilos de música (28,7 euros), pop-rock (17,3 euros), dança clássica (17,2 euros) e a categoria mista/ variedades (16,5 euros).