Festival comemora 10.º aniversário com nova edição, de 17 a 25 de novembro, no Batalha Centro de Cinema.
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º“O cinema não nos diz como pensar, o cinema ajuda-nos a pensar e esse ato de reflexão, artístico, político, social, humanista acima de tudo. E faz com que o lugar do cinema e de um festival seja um local privilegiado”, disse Dario Oliveira, diretor do Porto Post Doc (PPD), que comemora dez anos.
Esta será a primeira edição no novo Batalha Centro de Cinema, no Porto, de 17 a 25 de novembro.
“Vai no Batalha”, de Pedro Lino, é o filme que abre o festival, ”uma estreia mundial, encomenda de um canal francês sobre a história da sala e dos seus proprietários”. No encerramento, dia 25, será com “Time takes a cigarette”, de Aya Koretzy, “sobre o cosmopolitismo pós-punk da cidade do Porto, onde estão retratados os primeiros concertos e as primeiras discotecas no Shopping Brasília”, num retrato do Porto entre o final dos anos 1970 e os anos 1980.
Entre estas duas homenagens à cidade, há um banho de imersão de cinema do real, com mais de 130 filmes, especialmente agudizado com o ”regresso da guerra”, algo longínquo quando começaram a programar o certame, mas que deu um outro “relevo e uma urgência”, afirmou o diretor Dario Oliveira.
A competição internacional conta com dez filmes, todos em estreia nacional. Entre os escolhidos, para a categoria cinema falado em português estão 13, entre eles propostas de Basil da Cunha, Catarina Mourão e Ricardo Leite.
Foco sobre o Porto
O PPD associa-se ainda à efeméride dos 50 anos do Hip Hop, com seis filmes, destacando-se “Freestyle: the art of rhyme”, com presença do realizador Kevin Fitzgerald, e “Não consegues criar o mundo duas vezes”, de Catarina David e Francisco Noronha, sobre o movimento desta subcultura no Porto. Haverá debates moderados por Ricardo Farinha e Rui Miguel Abreu.
No âmbito da efeméride há ainda a festa “Block party”, dia 18, na Garagem Passos Manuel com três gerações de DJ: D-One, Serial e Redoma.
Num outro segmento de homenagem aos contadores de histórias serão exibidos oito filmes, com especial destaque para a documentarista Jocelyne Saab, que também origina o Fórum do Real, um encontro internacional sobre cinema contemporâneo.
O PPD recebe também três focos: Faire Avec com ´Éric Baudelaire, Claire Atherton e Claire Mathon; Foco Alessandro Comodin e um outro dedicado a María Elorza.
O certame de cinema documental conta também com um extenso programa formativo dedicado às escolas e jovens emergentes, bem como um ciclo exclusivamente dedicado à indústria.