É a despedida de “Resort” e depois há já novos planos para cumprir. Um ano depois, Beatriz Gosta, nome artístico de Marta Bateira, regressa ao Teatro Sá da Bandeira, no Porto, com o seu espetáculo de sucesso para uma apresentação única, esta sexta-feira.
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Ao JN, a humorista explica como esta produção de stand-up abrange temas que versam o amor, a perda, a maternidade, os trabalhadores independentes, a autoestima. O seu “Resort” pretende ser um escape, tal como para si é o humor, admite.
“Este espetáculo surgiu quando as coisas mudaram na minha vida: o pós pandemia, a maternidade, os 40 anos; e senti a necessidade de fazer algo que falasse destas coisas”, começa por explicar, admitindo que a maternidade a transformou, como humorista e como pessoa.
Ao abraçar a novidade e as responsabilidades, veio também uma nova identificação, por parte de um outro público. “É importante falar sobre estes temas. E depois apareceu outro público, mães que se identificaram. Muitas ainda me escrevem, sobrecarregadas, exaustas”, frisa, garantindo que o melhor conselho que consegue dar será “vai passar”.
Para quem lida com tudo isto o humor é importante. “Para mim, o humor ajudou bastante com as mudanças, sem dúvida. Para outras pessoas, o que sinto é que a vida não está fácil, tudo caro, muitas as pessoas seguem empurrando a vida. E nos espetáculos há ali um momento de gargalhar e de identificação com certos temas. De sentirem que não estão sozinhas, de passarem um bom bocado”.
Para Marta, que começou na internet, este lado do stand-up ao vivo, sozinha em palco, apesar de não ser novo, continua assustador. “Na verdade, até hoje, nunca vou com nada adquirido. Nunca vou para o palco a pensar ‘está garantido, domino isto’. Cada público é um público, cada sítio é um sítio. Tens de fazer uma leitura porque há temas que não caem da mesma maneira”, adianta.
Depois de “Resort”, a humorista está já a preparar um novo espetáculo, “Sim, já tenho ideias para o próximo. E também uma nova temporada no YouTube, com temas diferentes. Uns mais sérios, uns mais divertidos mas sempre com aquela leveza”, conclui.