Sexta edição arranca a 5 de abril, com 51 exposições. Porto Cartoon é uma das grandes novidades do evento que se prolonga até 12 de julho.
Corpo do artigo
A homenagem ao escultor Lagoa Henriques e o regresso do Porto Cartoon são duas das principais apostas da Bienal Internacional de Arte de Gaia 2025.
“Vai ser um bienal especial”, garantiu o diretor do evento, Agostinho Santos, que destacou ainda “o diálogo com a sociedade civil” como uma das premissas para a presente edição.
Entre os dias 5 de abril e 12 de julho, a Quinta da Fiação de Lever volta a acolher o certame, já na sexta edição, albergando 51 exposições, das quais 25 serão coletivas, e cerca de 250 artistas garantidos até ao momento.
Uma das atividades do programa que deverá suscitar mais interesse é a Maratona das Artes, com 50 horas ininterruptas e várias atividades paralelas.
Já a sessão inaugural vai ter com o orador convidado Manuel Sobrinho Simões, diretor do IPATIMUP, que fará uma intervenção dedicada à relação entre a Ciência e a Arte.
Com polos em 14 cidades portuguesas e espanholas, a edição deste ano da Bienal conta com uma exposição coletiva intitulada “Bandeiras pela paz”, resultado da colaboração com o Conselho Português para a Paz e Cooperação, além de uma mostra com artistas algarvios.
Nos 13 artistas com exposições individuais, incluem-se os nomes de Emerenciano, Henrique do Vale, Jaime Silva, Rosa Godinho ou os brasileiros Sérgio Lemos e Tino Canicoba.
A arte vai às escolas
Integrada no Plano Nacional das Artes, a Bienal de Arte de Gaia vai desenvolver várias iniciativas em contexto escolar, como instalações coletivas com trabalhos de crianças ou a comemorações dos 50 anos do 25 de Abril em escolas de Gaia.
Além da diversidade do programa, Agostinho Santos destaca a importância da arte como agente influenciador na mudança positiva das ações sociais.
Para o diretor, os artistas devem refletir na sua arte as nuances sociais do seu tempo: “Neste mundo cada vez mais caótico, é importante que a arte tenha um papel reivindicador e revolucionário, servindo de bússola para a sociedade”.