<p>Luminosos sob a luz negra. Foi assim que os Blasted Mechanism se apresentaram ao vivo, esta quarta-feira, à noite, no concerto de apresentação do novo álbum, "Mind at large", na Lagoa das Sete Cidades, em S. Miguel, nos Açores.</p>
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Esta geração da banda, a sexta, surgiu em palco ao som de "Magic dance", adornada com tubos brancos, luminosos sob a luz negra, que desenham os símbolos presentes na capa do disco e que marcam a nova imagem do grupo. O equilíbrio que a banda procura com este disco também está presente no visual que adoptam em palco, onde a luminosidade dos símbolos contrasta com alguns momentos de escuridão.
Num equilíbrio entre elementos da terra e da água, surge Ary, no baixo eléctrico, com um fato que parece fundir o humano com o animal, coberto com uma espécie de armadura humana de músculos delineados e uma espinha dorsal em metal. Entre máscaras de duas cabeças, máscaras e cintos em macramé e tubos luminosos, os Blasted apresentam uma imagem futurista e ancestral, menos densa e espectacular do que nas outras gerações. A primeira aparição em palco com os novos fatos roubou as atenções do início do concerto, com um público curioso para ver o novo "mise-en- -scène" da banda.
Em palco, a energia era contagiante, no desfiar dos novos temas, apesar de o público ainda não os acompanhar. Quando entoaram clássicos como "Are you ready" ou o clássico "Karkov (Nadabrovitchka)", é que a plateia reagiu efusivamente. Quando soava "Under the sun", tema que abre o novo álbum, chuviscou ligeiramente, mas o público não desmobilizou e Guitshu finalizou com um "Under the rain".
No novo espectáculo, que aposta na sincronização entre som e luz, os Blasted ressuscitaram o pensador Agostinho da Silva, evocado no início e no fim do concerto, com o single "Start to move". O ambiente de ritual e festa que se viveu na Lagoa das Sete Cidades foi igual ao que os Blasted inspiram nos concertos.