O pelouro da Cultura do Município de Braga conta, em 2025, ano em que se realiza a Capital Portuguesa da Cultura, com um orçamento de 15 milhões de euros, a que se somam os dois milhões prometidos pelo Governo. Ao todo, são 17 milhões.
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Na apresentação do evento, que decorre sob a sigla B-25 e o lema "Há sempre um lado B", o autarca local, Ricardo Rio, adiantou que, anualmente, o investimento no setor aumenta um milhão de euros, mas, em 2025, além desse crescimento, haverá mais dois milhões. "A nossa aposta vai além desse ano, é de continuidade e envolve infraestruturas, como é o caso da reconversão da antiga escola Francisco Sanches em centro cultural, da requalificação do Convento de São Francisco e da musealização das ruínas romanas das Carvalheiras", acentuou.
A cidade de Braga foi nomeada para Capital Portuguesa da Cultura em 2025 pelo Governo, na sequência da candidatura a Capital Europeia da Cultura 2027, conquistada por Évora no ano passado. Além de Braga, foram nomeadas as cidades de Aveiro (2024) e Ponta Delgada (2025).
Na ocasião, Cláudia Leite, administradora da empresa municipal Theatro Circo, que lidera o projeto, adiantou que o primeiro esboço da programação do evento será divulgado antes do verão. "Temos já projetos em curso ou outros que constavam da candidatura à CEC 27, que vamos aproveitar e manteremos o diálogo e o trabalho com as associações locais e com todos os agentes de cultura", disse.
Adiantou também que o Conselho Consultivo que havia sido criado para a CEC se mantém, tendo já havido uma reunião de preparação. "Este órgão vai definir as linhas orientadoras do projeto, em próxima reunião", salientou, revelando que será multicultural, já que em Braga vivem pessoas de 150 nacionalidades.
Cláudia Leite sublinhou que o orçamento da B-25 deve, ainda, ser complementado com projetos apoiados por empresas privadas e que a programação durará todo o ano, sendo gratuita a maioria das atividades.
A apresentação do evento decorreu numa nova dependência do Theatro Circo, uma antiga sede bancária que integrava o imóvel, e que foi adquirida por 770 mil euros pela autarquia. O espaço vai ser reconvertido para acolher uma área de atividades, uma zona de residências artísticas e um arquivo.