Festival de três dias em recinto cinco vezes maior começa esta sexta-feira. Bryan Adams, Maluma e Anitta são cabeças de cartaz. Os bilhetes já estão esgotados.
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O calor intenso que nos tem deixado agarrados a ventoinhas, abanadores improvisados e água fresca nos últimos dias vai dar tréguas no regresso do MEO Marés Vivas, que, desta sexta-feira até domingo, ocupa o espaço do antigo Parque de Campismo da Madalena, em Vila Nova de Gaia. A um quilómetro da praia, além de garantir ao público uma troca balsâmica entre ar condicionado e brisa do mar, o recinto tem uma área cinco vezes maior do que a do local anterior, a Antiga Seca do Bacalhau, pelo que promete melhorias logísticas para os cerca de 30 mil espectadores que são esperados, por dia. "É um espaço com outras condições. Tem, sobretudo, mais condições de conforto", disse ao JN Jorge Lopes, diretor da PEV Entertainment, promotora do festival gaiense, que este ano oferece melhores acessos, mais espaços verdes e maior disponibilidade de estacionamento. Além do ex-líbris de sempre: "muita e boa música" (e humor) nos cinco palcos espalhados pelo recinto, pisados por cerca de 40 artistas durante os três dias de festival.
Pelo palco principal desta 14.ª edição do Marés Vivas, passarão Bryan Adams, James, Miguel Araújo, Mäximo Park e The K's (sexta-feira), Maluma, Dino D' Santiago, Bárbara Tinoco, Rita Rocha e Fer Lemos (sábado) e Anitta, Jessie J, Diogo Piçarra, Angie McMahon e Maro (domingo). Uma fusão entre grandes nomes internacionais - destaque para a brasileira Anitta, rainha do funk, que acaba de entrar para o Guinness como primeira artista solo latina a alcançar o Top 1 no Spotify - e a prata da casa, que vem misturar o pop de Piçarra e Tinoco com a celebração da saudade lusa sofrida por Maro e do orgulho crioulo que Dino assumidamente traz no peito.
Neste primeiro dia de festival, depois de os repetentes James (estiveram no Marés em 2014, quando também deram um mini-concerto na estação de São Bento) inaugurarem a noite de rock, às 21 horas, as atenções vão virar-se para o músico canadiano que marcou a década de 80 a cantar sobre o verão de 69, mostrando, se dúvidas houvesse, que se pode ser roqueiro, baladeiro e ícone pop tudo ao mesmo tempo. A partir das 23 horas, promete fechar a noite com amor e comunhão, não nos tivesse ele habituado a transformar concertos em encontros de amigos, daqueles amigos que se veem de onde a onde mas que parece que se viram ontem.
Comédia e samba
Além do palco MEO, o recinto conta ainda com o bloco Moche, dedicado a talentos emergentes, onde atuarão na sexta-feira Lhast, Domingues e Dj Oder. O brasileiro Vitão, Smash by André Tentugal e Rita Laranjeira, vitamina C da edição de 2020 do "The Voice Portugal", vão passar por lá no sábado, e, no último dia, o espaço contará com a presença de Beatriz Rosário, Lon3r Johny e Dj Perez. Repetindo a aposta da edição anterior, o festival vai ter também o palco RTP Comédia, que irá reunir nomes como Mónica Vale Gato, João Dantas, Victor Sarro, Adriano Moura, Guilherme Duarte feat. Gandim e Vítor Sá. A fechar a conta dos cinco palcos, a organização criou ainda o palco Coca-Cola e a Roda de Samba, uma das principais novidades desta edição, onde a Orquestra Bamba Social irá atuar em dose dupla (ao fim de tarde e à noite), numa disposição de 360 graus que torna músicos e público num só.
Pormenores
Bilhetes esgotados
O ingresso diário custava 45 euros e o passe geral 80. Pelos bilhetes VIP, a organização pedia 75 e 180 euros, respetivamente. Esgotaram todos.
Abertura de portas
O recinto abre portas às 16 horas e encerra às 4 horas, todos os dias. Para aceder ao festival, pode vir de carro e transportes públicos.
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