O executivo da Câmara de Miranda do Douro não concorda com a passagem do Museu da Terra de Miranda para a tutela municipal, tal como foi anunciado, na quinta-feira, pelo Ministério da Cultura.
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Numa nota escrita enviada ao "Jornal de Notícias", o executivo social-democrata, liderado por Helena Barril, assume “não estar de acordo em receber o Museu da Terra de Miranda para a sua gestão”, dando como razões que este tipo de equipamento “deverá ser gerido por entidades que os protejam com planos estratégicos de preservação nacionais, bem delineados e com rigor técnico à sua execução, elementos estruturantes que o município não possui”, explicou a autarca.
O Município de Miranda do Douro manifestou ainda “o seu desacordo, pela desagregação do Museu da Terra de Miranda e da Catedral de Miranda do Douro, em duas unidades com gestão diferente, como é opção do Ministério da Cultura”.
A secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, anunciou esta semana que o Museu da Terra de Miranda, localizado em Miranda do Douro, iria passar para gestão municipal a 1 de janeiro de 2024, afirmações que segundo a mesma nota foram recebidas com “incredulidade e estupefação”. Tanto mais, salientam, que “nunca, jamais em tempo algum o município de Miranda do Douro foi contactado nesse sentido pelo Ministério da Cultura”.
O Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, e a Secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, no âmbito do programa do Ministério da Cultura "Vencer retrocessos recuperar ambições: novos modelos de gestão nos Museus e Património Cultural", apresentado em Lisboa, apontaram que sete museus vão passar para a tutela das Câmaras, nomeadamente o Museu da Terra de Miranda, em Miranda do Douro, e o Museu do Abade de Baçal, em Bragança, bem como o Museu D. Diogo de Sousa e o dos Biscainhios, em Braga.