
Gerardo Santos/Global Imagens
A atribuição ao fadista Carlos do Carmo, anunciada esta terça-feira, de um Grammy Latino de carreira, está a gerar reações de várias personalidades da música e política portuguesas.
O musicólogo Rui Vieira Nery, que protagonizou juntamente com Carlos do Carmo a candidatura do fado a Património Imaterial da Humanidade, considerou o fadista "um símbolo de tradição e inovação no património do fado".
Também fadista e amigo de Carlos do Carmo, Marco Rodrigues expressou a sua satisfação, "deixa-me muito contente, não só por ser português, mas também por ser amigos do Carlos. É considerado um grande intérprete, que cria imagens com as palavras que diz".
António Costa, atual presidente da Câmara de Lisboa, referiu-se à premiação como "um novo e decisivo contributo" para a internacionalização do fado que "enche ainda mais de orgulho a cidade", sublinhando ainda a importância do fadista, "um dos artistas a quem Lisboa e Portugal mais devem".
A diretora do Museu do Fado, Sara Pereira, também já manifestou a sua opinião sobre a "distinção inédita no panorama nacional" do "Lifetime Achievement Grammy". Para Sara Pereira o prémio é "justamente atribúido ao Carlos do Carmo".
Com as mesmas palavras exprimiu-se o maestro e compositor António Vitorino d'Almeida, que considerou a atribuição do prémio "mais do que justa e que me dá imensa alegria", enfatizando o facto de os artistas portugueses serem pouco reconhecidos no país. "Mesmo que cá não os tratem bem, pelo menos que sejam devidamente reconhecidos internacionalmente", concluiu.
