A noite trouxe muitos festivaleiros que vieram jantar febras e caldo verde.
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O cair da noite trouxe um mar de gente até ao Parque Fluvial de Briteiros, em Guimarães. Muitos vieram em família e aproveitaram para jantar: febras no pão e caldo verde para sossegar o estômago. No palco, o Dj Gordilho faz as delícias de quem tem mais de 40 anos com rock revivalista, das décadas de 80 e 90.
O campo agrícola onde foi montado o palco do festival demorou a ficar preenchido, desde a abertura das portas, às 15 horas, mas com a chegada da noite o espaço está apinhado de gente. É o caso de André Monteiro e da família, “decidimos vir só agora porque durante a tarde estava muito calor. Vamos comer qualquer coisa e depois curtir a música.”
O fundo musical é “Sultans of Swing” dos Dire Straits, enquanto se espera pela atuação dos Smartini, a banda mais conhecida das que preenchem o cartaz deste festival. A grupo de Caldas das Taipas tem a particularidade de ter como baixista o ex-vereador do Desenvolvimento Económico da Câmara Municipal de Guimarães, Ricardo Costa. Apesar de terem lançado o primeiro álbum em 2007 (“Sugar Train”), as vidas profissionais dos seus elementos interpuseram-se no caminho da afirmação e a banda só voltou aos discos, em 2016, como EP “Liquid Peace. Foi na sequência deste trabalho que foram chamados à grande montra de Vilar de Mouros. Hoje são os cabeças de cartaz, num festival único, numa freguesia a dois passos da vila onde a banda nasceu e cresceu.
Carolina Freitas veio para ver Ledher Blue, outra banda de Guimarães, como todas as que estão no alinhamento do festival. “Acho fantástico eles não terem rompido o compromisso com as bandas locais, mesmo quando o festival se tornou o centro da atenções. Claro que seria bom termos aqui uma banda famosa, mas há tempo para isso nas próximas edições, este ano era importante respeitar o que estava combinado com estas bandas locais”, afirma. “Gosto de Ledher Blue porque são uma dupla muito diferente e, ainda assim, no conjunto resultam muito bem”.
Nos bares, os voluntários não têm mãos a medir: febras, pão com chouriço, “febras vegan”, caldo verde, tudo regado com muita cerveja. É das barraquinhas que sai a receita que vai reverter para as atividades da Casa do Povo de Briteiros, já que os quatro mil bilhetes foram disponibilizados de forma gratuita, apenas para controlar a lotação do recinto.