
Realizadora Catarina Alves Costa
Foto: Direitos Reservados
Orlando Pantera morreu aos 33 anos, no mesmo dia em que deveria viajar para gravar o seu primeiro disco. Hoje, o cabo-verdiano é um mito que ultrapassa os limites do seu país. Com a presença da viúva e da filha, "Orlando Pantera", o documentário que Catarina Alves Costa fez sobre o músico, revela-nos as origens do seu trabalho e a repercussão atual da sua obra. O filme já está em exibição em várias salas do país e chega domingo ao Porto, numa sessão no Cinema Trindade com a presença da realizadora. Antes, Catarina Alves Costa esteve a conversar com o JN.
No genérico do filme lê-se que o projeto foi lançado pela Darlene Pantera, a filha do Orlando Pantera. Como é que lhe chegou às mãos?
Eu tinha muito material filmado com o Orlando Pantera em 2000. Estava a fazer outro filme em Cabo Verde, conheci-o e acabámos por fazer vários registos, não só da música como da vida dele. Esse material ficou guardado estes anos todos, mas sempre com vontade de fazer um filme. Mas custava-me, porque aquela pessoa já não estava cá. Não sabia muito bem como lidar com isso. A Darlene tinha seis anos quando o pai morreu, mas cresceu, e foi ela que veio ter comigo para se fazer qualquer coisa sobre o pai.
