A música já chegou à Alfândega do Porto, com Expensive Soul a protagonizarem um eletrizante primeiro concerto. Demo e New Max não se cansaram de celebrar com o público os 20 anos "de uma carreira com boa música portuguesa", como os próprios anunciam.
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A jogar em casa, o conjunto de Leça da Palmeira apresentou-se com uns incríveis 13 elementos em palco. São os Expensive Soul e já andam cá há 20 anos. Parece que foi ontem, mas já passaram "Eu não sei", "Dou-te nada", "Que saudade", "Fala disso" e "Amor é Mágico". Lançaram-nas todas, ao crepúsculo, com o sol do Douro a fugir para o Atlântico. "Tá lindo", berrava Demo, em constantes incentivos para o público do Porto.
O cenário era, de facto, deslumbrante. Eles sabiam que estavam em casa e, por isso, não pediram licença para aproveitar a circunstância. Falavam com declarado sotaque do Norte, soltavam palavrões e elogiavam o público, enquanto saltavam e cantavam com o prazer de quem gosta do que faz. "Vinte anos de carreira e continuamos aqui a fazer boa música portuguesa", incentivava Demo.
Se no início eram poucos, os festivaleiros foram chegando e o recinto acabou praticamente cheio quando concerto atingia o clímax da festa, no final. Pelo meio houve brinde coletivo, muitos braços no ar, sorrisos frequentes e um adequado início de um festival que apostou em começar a primeira noite de forma ritmada, ao escolher Expensive Soul e Emir Kusturica com a The No Smoking Orchestra.