A programação do primeiro quadrimestre do Centro Cultural Vila Flor promete espetáculos de artistas nacionais e internacionais. A abrir o ano, Dino D’Santiago sobe ao palco no dia 18, trazendo consigo uma fusão única de batuku, funaná, soul e hip-hop, num espetáculo que é um manifesto de inclusão e identidade cultural.
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O Centro Cultural Vila Flor (CCVF), em Guimarães, celebra este ano duas décadas de atividade, consolidando-se como um espaço de excelência na promoção artística, social e comunitária. Ao longo dos últimos 20 anos, o CCVF tem sido mais do que um palco: é um projeto de cocriação, formação cultural e diálogo aberto entre o território, o país e o mundo. Em 2024, o equipamento promete reforçar esta missão com uma programação vibrante que abraça música, teatro e dança, num calendário cuidadosamente desenhado para refletir a transformação constante da sociedade contemporânea.
No mês seguinte, a 26 de fevereiro, o palco do Teatro Jordão recebe Liana Flores, cantora anglo-brasileira cuja voz doce e etérea já conquistou audiências nos EUA e Reino Unido. O seu álbum Flower of the Soul é uma viagem melódica que combina folk britânica, jazz clássico e bossa nova brasileira, num espetáculo que promete ser tão intimista quanto envolvente.
Março traz a intensidade de Mão Morta, que regressam a Guimarães no dia 1 de março com o espetáculo Viva La Muerte!. Numa altura em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril e os 40 anos da banda, o grupo liderado por Adolfo Luxúria Canibal reflete sobre o estado da democracia e o ressurgimento de movimentos autoritários, num concerto que transcende a música e se torna uma experiência reflexiva e necessária.
Ainda em março, no dia 15, o Teatro Nacional D. Maria II apresenta “Quis saber quem sou – um concerto teatral”, uma criação de Pedro Penim. A peça revisita as músicas e palavras de ordem que marcaram a Revolução dos Cravos, reinterpretadas por jovens atores que carregam nas suas vozes a memória viva de uma geração que ousou sonhar com a liberdade.
A fadista Sara Correia pisa o palco do CCVF a 22 de março, apresentando o seu terceiro álbum, Liberdade. Dona de uma voz poderosa e de uma presença magnética, Sara traz um espetáculo que une tradição e modernidade, num fado que é, acima de tudo, livre.
O mês encerra com dança. A 29 de março, o coreógrafo alemão Moritz Ostruschnjak apresenta Cry Why, um espetáculo onde a dança, os patins em linha e a música ao vivo se unem para criar uma narrativa intensa e emocional, protagonizada por Miyuki Shimitsu e Guido Badalamenti.
Além da programação regular, dois festivais de renome marcam este quadrimestre: o GUIdance – Festival Internacional de Dança Contemporânea, de 6 a 15 de fevereiro, e o Westway LAB, de 9 a 12 de abril. Ambos são referências no calendário cultural nacional e internacional, destacando-se pela qualidade artística e pelo seu compromisso com a inovação e descoberta de novos talentos.
Os bilhetes para todos os espetáculos estão disponíveis online em oficina.bol.pt e nas bilheteiras dos espaços geridos pel’A Oficina.