Uma edição só com música. Com The Rolling Stones, com jazz.
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Para assinalar o percurso extraordinário de Charlie Watts, que partiu ontem, 24 de agosto, aos 80 anos, uma edição especial da Arte do Dia. Cinco momentos de uma carreira plural, rica, com groove, do rock ao jazz aos blues e mais além.
The Rolling Stones - "Sympathy for the devil" (1968)
Uma versão mais extensa do clássico assombrado de Mick Jagger e Keith Richards, registado em 1968 no espetáculo "The Rolling Stones Rock and Roll Circus". Um tema que deixa mais campo aberto a Watts para fazer pontes com o jazz, até com as variantes mais espirituais e afrocêntricas que brotavam em abundância naquele período da década de 60.
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The Rolling Stones - "Miss you" (1978)
A fluidez rítmica do funk e do disco entra pelo repertório dos Stones com este tema do álbum "Some girls". O baixo de Bill Wyman passeia maravilhosamente sobre o tapete estendido pela bateria de Charlie Watts.
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The Charlie Watts Quintet - "Practicing, practicing, just great" (1992)
A sua carreira em nome próprio, quase exclusivamente centrada no jazz, ganhou força nos anos 1980, desabrochando na década seguinte com vários álbuns em quinteto. A estreia aconteceu com este disco, com o título autoexplicativo "A tribute to Charlie Parker with strings". A música voa.
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Charlie Watts - "I've Got A Crush On You" (1996)
Watts de novo em quinteto, desta vez recriando um standard de George e Ira Gershwin, com a voz cremosa e extraordinária de Bernard Fowler, há anos um elemento dos coros de The Rolling Stones. Uma formação que também inclui o saxofonista Peter King, nome central da cena jazz britânica do pós-guerra, falecido em 2020.
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Charlie Watts Jim Keltner Project - "Elvin Suite" (2000)
A soma de Watts com Jim Keltner, veterano músico americano, é um álbum de homenagem a génios da arte que os une: a bateria. Um dardo de modernismo e provavelmente a maior pérola por celebrar na discografia de Charlie Watts.
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