“Las mujeres ya no lloran” será o último trabalho em que a cantora colombiana de 47 anos fala da polémica separação do ex-futebolista espanhol Gerard Piqué. O álbum chega esta sexta-feira a todas as plataformas digitais de música.
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Sete anos depois e após mais de dois anos de um conturbado – e muito mediático – divórcio, Shakira regressou ao estúdio para, de uma vez por todas, “deitar tudo cá para fora”, expressão que utilizou para descrever uma das faixas do novo disco. “Las mujeres ya no lloran” (“As mulheres já não choram”, em português), o 12.º álbum de estúdio da artista colombiana, está disponível a partir desta sexta-feira em todas as plataformas digitais.
O anúncio do esperado regresso de Shakira ao estúdio aconteceu em fevereiro passado e, desde então, já se conhecia praticamente metade do álbum.
A frase que dá nome ao novo trabalho, “Las mujeres ya no lloran” , faz parte da letra de “Shakira: Bzrp Music Sessions, Vol. 53”, single lançado em janeiro do ano passado. A música com o argentino Bizarrap foi uma das primeiras a somar mais audiência, após a separação de Shakira e Gerard Piqué, em 2022. Só na plataforma Spotify, já conta com quase mil milhões de reproduções. Bizarrap reaparece também no álbum noutra nova canção: “La fuerte”.
Disco foi um processo de cura
Esta não é a única aposta da artista em nomes populares da nova música latina. “TQG”, saído do álbum “Mañana será bonito”, de Karol G, é outro dos singles do disco sucessor de “El dorado”, de 2017. Há ainda a dupla participação de Rauw Alejandro, com “Te felicito” e “Cohete”, a faixa “Copa vacia”, com Manuel Turizo, “Monotonía”, em parceria com Ozuna, e, para terminar, “El jefe”, com o artista Fuerza Regida.
"El jefe", a par com praticamente todo o restante “Las mujeres ya no lloran”, poderá ser associado ao processo de “cura” de Shakira após a alegada traição do ex-jogador do Barcelona e posterior término de uma relação a dois de mais de 11 anos. O título da canção (“O chefe”, em português) refere-se, segundo a imprensa espanhola, ao apelido dado à cantora colombiana pelos amigos de Piqué, ainda que a letra fale sobre a exploração profissional.
Lágrimas de diamente
A oitava faixa do novo álbum, “Última”, parece ser exatamente o que anuncia: o fim de um ciclo. Shakira já anunciou, mais recentemente em entrevista esta quarta-feira ao canal da Apple Music, que a balada foi “uma adição de última hora”, que tinha de ser terminada para poder, de uma vez por todas, “deitar tudo o que tinha a dizer para fora”. Será, afirmou, a última vez que falará sobre o seu "desgosto amoroso".
No anúncio do novo trabalho, a artista partilhou nas redes sociais o que se pode ler como sendo a interpretação da capa do álbum: “Ao escrever cada uma das faixas, fui-me reconstruindo. Ao cantá-las, as lágrimas transformaram-se em diamantes e a vulnerabilidade em força”.
Espera-se que em breve seja anunciada uma digressão mundial, depois de, em diversas entrevistas, a cantora de 47 anos ter afirmado que, após o lançamento do novo trabalho, teria material para regressar aos palcos em grande escala.

