A Super Bock Arena recebeu em apoteose o cantor e compositor brasileiro Chico Buarque no primeiro de dois concertos na cidade do Porto.
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Após três toques de aviso, as luzes apagaram-se e surgiu a voz de Mônica Salmaso, que abriu as hostilidades com temas que aqueceram o coração dos espectadores. Após algumas canções a solo, eis que surgiu de rompante Chico Buarque, recentemente galardoado com o Prémio Camões, que subiu ao palco e, como já tinha prometido no tema "Que tal um samba?", "deu goleada".
Num palco bem composto pela banda que o acompanhava, o cantor brasileiro ofereceu ao público uma panóplia de sons da sua vasta obra musical, a solo ou em duo com Mônica Salmaso, que entrava e saía do palco durante alguns temas. Num alinhamento em que não faltaram temas como "Beatriz", "Samba de um grande amor", "Paratodos" e claro "Que tal um samba".
Com o seu humor característico e o à-vontade habitual, Chico Buarque pensou em "levar um teleponto", para não se esquecer das letras, mas se o fizesse iriam acusar o artista "de comprar as músicas" porque, segundo o cantor, "quem compõe não se esquece das letras". Prometeu tocar tudo "direitinho" e cumpriu, não só cantou como encantou os presentes.
Uma conexão perfeita com o público que se aprontava a seguir o cantor em todas as canções num concerto com cerca de duas horas de duração, que terminou com uma ovação em pé ao cantor à convidada especial e a todos músicos no palco, antes de o último tema - "João e Maria" - ser tocado.
Terminou assim o primeiro de cinco concertos de Chico Buarque em Portugal. Este sábado, sobe novamente ao palco da Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota com "um samba bom para afastar tempos feios".