Gaia acolhe Festival Cúpula Circus Village. Há peças de teatro, concertos e palestras grátis durante todo o fim de semana.
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Arcozelo recupera o seu estatuto de “primeira vila de circo contemporâneo de Portugal” com a realização, entre esta sexta-feira e domingo, da 6.ª edição do Festival Cúpula Circus Village, que traz à freguesia de Gaia e às praias de Miramar e da Aguda 17 espetáculos de novo circo, concertos, palestras, oficinas e masterclasses. Tudo de entrada gratuita.
Sobre a evolução do festival, que resultou de um encontro de vontades entre o Instituto Nacional de Artes do Circo (INAC) e a junta de freguesia, Bruno Machado, diretor do INAC, fala da criação de um “conceito único”.
“Há outros festivais de circo, mas nenhum tem esta predominância das tendas onde serão apresentados os espetáculos”, diz. Além de três tendas, o recinto conta com espaços de treino, zona de restauração e um parque de campismo.
O crescimento do festival é assinalado: “Há cada vez mais público de todo o país e do estrangeiro. Vem muita gente ligada ao circo, porque queremos que este seja um lugar de encontro e de aprendizagem”.
Conhecer melhor a história desta arte, “que tem raízes na Roma antiga”, é outro dos objetivos: “Há poucos textos sobre o circo, seja tradicional ou contemporâneo. Queremos contribuir para aprofundar esse conhecimento, através de conversas com historiadores”, diz.
Bruno Machado destaca sobretudo as produções portuguesas, porque se trata aqui de “fomentar a criação artística nacional” e, em particular, aquela que sai da escola do INAC em Famalicão, como “Roda-viva”, da companhia Hipótese Contínua (sábado, 18 horas); “A água que volta”, de Paulina Almeida (mesmo dia e hora na Praia da Aguda); e “Heqet”, da Companhia Absurda (domingo, 12 horas).
O diretor salienta ainda os italianos BluCinque, que trazem “Coppelia”, que abre o festival, sexta-feira, às 21.30 horas, e o grupo de folk dos Balcãs “Bombalkanica”, que atua nos três dias do Cúpula Circus, sempre às 23 horas.
