Maior companhia circense do mundo está de volta ao nosso país com “Ovo”, até final do ano na Altice Arena. JN falou com um dos elementos do grupo que continua a revolucionar o novo circo.
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É já uma tradição: não há Natal sem um espetáculo do Cirque du Soleil aterrar por cá durante vários dias, atraindo multidões e espalhando a magia do circo reinterpretado de forma artística, ousada e revolucionária. “Ovo”, o novo espetáculo da companhia canadiana, é um dos mais emocionantes e coloridos de sempre e está de volta a Lisboa: estreou este dia 20 na Altice Arena e por lá fica, diariamente, até ao dia 30 de dezembro.
Com três novos atos e novas personagens, o espetáculo conta a história de um ecossistema cheio de vida e cor onde insetos trabalham, comem, brincam, lutam e até se apaixonam. Tudo isto num “enorme e grandioso tumulto de energia”, diz ao JN Janie Mallet, da companhia canadiana.
Um dia, um ovo aparece no meio dos insetos, motivo para o desenrolar de uma história “única” que muda a perspetiva do público sobre cada um dos elementos da natureza. O espetáculo já tinha vindo a Portugal, mas agora volta reinventado”.
No novo “Ovo”, frisa Janie Mallet, houve um “processo de criação de três meses em Montreal, Canadá”, antes da companhia sair em digressão. “Adicionámos três novos atos ao espetáculo, para que haja surpresas. Mesmo mantendo a essência do ‘Ovo’, temos muitos novos artistas, personagens e momentos. Portanto, mesmo quem já conheça, irá sem dúvida divertir-se”, adianta Mallet.
São 100 pessoas de 25 países
Segundo a responsável, “Ovo” segue o The Voyager, uma mosca azul, que viaja com um ovo nas costas “até que encontra uma colónia de vários insetos”, passando o público a testemunhar as suas interações. “Há todo o tipo de interações, inclusive uma história de amor com a joaninha. É um espetáculo para todas as idades, com muitas emoções, acrobacias intensas, momentos divertidos e ternos”, acrescenta Janie Mallet.
Não é fácil levantar um evento do Cirque du Soleil: “Somos 100 pessoas de 25 nacionalidades diferentes, incluindo os 52 artistas em palco”, explica-nos a responsável. “Viajamos a tempo inteiro por todo o mundo com o ‘Ovo’. Também contratamos 23 motoristas de camião e 100 ajudantes de palco em cada cidade, para ajudar os nossos técnicos a montar e desmontar o palco”, adianta ao JN.
O resultado é, garante, memorável: “Como em todos os espetáculos do Cirque du Soleil, temos todos os elementos: o grande palco e a tecnologia, a música original ao vivo, acrobatas de alto nível com atletas olímpicos e campeões mundiais, as coreografias... Mas acho que o ‘Ovo’ é particularmente colorido e acessível”, admite.
“O facto de serem insetos possibilita ter sons diferentes, sem palavras, o que facilita a compreensão de todos. E com os fatos, adereços e as projeções de vídeo, o público sente-se realmente do tamanho de um inseto, a visitar a colónia. É uma experiência imersiva onde se pode esquecer a vida real e as preocupações por umas horas”.
Neste regresso a Portugal, a responsável admite que atuar no nosso país é “sempre um prazer”: “O público é muito caloroso e acolhedor, e como já viemos muitas vezes, conhecem-nos e apoiam muito os espetáculos.”, frisa. “Além disso, estamos aqui para o Natal, com um espírito festivo que torna tudo ainda mais especial”, conclui.