Já lá vai o tempo em que os Coldplay de 1999 diziam que era tudo amarelo. Os de 2023 dizem que é amarelo e de muito mais cores. O espetáculo desta quarta-feira em Coimbra elevou as expectativas ao máximo e nem a balada de despedida escapou.
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As pulseiras LED distribuídas antes do concerto resultaram numa explosão de cores, acompanhada por bolas gigantes que circularam pelo público e pelo fogo de artifício final. Tudo resultou em milhões de tonalidades.
"Higher Power" abriu o espetáculo, seguindo-se "Adventure of Lifetime" e o clássico "Paradise", um dos maiores sucessos da banda que conta quase três décadas de vida. Com os sucessos "In My Place" e "Yellow", Chris Martinnão teve dúvidas, garantindo que esta foi a melhor experiência vivida em Portugal.
Num revivalismo do passado, não faltou o primeiro tema de sempre da banda: "Don't Panic", tocado há 25 anos numa pequena sala.
A balada em português
Em "Sky Full of Stars", Chris Martin pediu ao público para desligar os telemóveis e desfrutar de uma experiência única. No palco mais central, o homem da frente dos Coldplay arriscou o português, acertando os acordes da mais famosa balada da despedida: "Coimbra tem mais encanto na hora da despedida".
Mas a cidade teve mais encanto com "Fix You" e "Biutyful" a encerrarem duas horas de espetáculo, na expectativa de mais três concertos que vão decorrer nos próximos dias.
No total, foram mais de duas horas de cores, alegria e euforia. Chris Martin e a sua banda mostraram que são muito mais do que uma banda de estúdio, deixando o público com uma experiência que vai muito além do que têm mostrado nos seus discos e em quase 30 anos de existência.
Bárbara e Griff não desiludiram
Bárbara Bandeira e Griff abriram o palco e as reações foram distintas. A cantora portuguesa agarrou o público logo nas primeiras canções, apesar de se confessar muito ansiosa por abrir caminho aos Coldplay.
Já a cantora britânica não conquistou o público logo de início (apenas uns tímidos aplausos), mas acabou por agarrá-lo com a sua simpatia, a tentar falar português. "Olá Coimbra, está bem?", questionou, com um mais convincente "obrigado amigos".