O concerto de Ano Novo é uma instituição vienense que se espalhou pelo Mundo. Uma instituição à prova de vírus, a julgar pela aposta generalizada nesse marco da programação musical, tanto nas principais salas de Lisboa e Porto como em palcos de Norte a Sul.
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Na Invicta, a Casa da Música tem espetáculo em dose dupla, às 19.30 horas de dia 8 e às 11 horas de 10 de janeiro, numa recriação do programa ouvido à Filarmónica de Viena em 1939, dirigida por Clemens Krauss. O maestro austríaco preencheu o alinhamento com obras de Johann Strauss II, entre valsas e aberturas de óperas. Tudo agora recriado pela Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, sob direção do inglês Martin André.
O repertório que a Orquestra Gulbenkian vai apresentar entre 6 e 8 de janeiro (às 21 horas no primeiro e segundo dias, às 19 horas no último) no Grande Auditório da fundação homónima, em Lisboa, também não escapa à visita a Strauss II, colocando-o numa sessão ao lado de peças de outros autores do século XIX: Franz von Suppé, Léo Delibes, Hans Christian Lumbye, Giacomo Puccini, Joseph Hellmesberger Sr., Johannes Brahms e Franz Lehár (o mais jovem do lote, com quase todo o percurso feito no século XX). A maestrina russa Elena Schwarz conduz a orquestra e haverá intervenção da soprano australiana Siobhan Stagg.
em marcha pelo país
Retomando a inspiração original dos concertos de Ano Novo, o título do espetáculo preparado para o Teatro Municipal de Bragança, dia 8, às 20.30 horas, explica tudo: uma Gala Strauss a que a Orquestra da Costa Atlântica dará corpo, orientada pelo maestro Luís Miguel Clemente. Inclui os mais ou menos intransponíveis "Danúbio azul Op. 314" e "Marcha Radetzky, Op. 228".
No Auditório do Europarque, em Santa Maria da Feira, a celebração acontece hoje pelas 11 horas. O Grande Concerto de Ano Novo será entregue pela Orquestra de Jovens daquela cidade, com direção musical de Paulo Martins e programa fixado na família Strauss.
A 9 de janeiro chega uma celebração mais intimista. Passa-se no Teatro Stephens, na Marinha Grande, onde a partir das 16 horas o guitarrista Roberto Batista se junta à cantora Belisa Nogueira para um recital que viajará do "Danúbio azul" para a música portuguesa, e daqui para as Américas: do Sul (com Heitor Villa-Lobos e Astor Piazzolla) e do Norte (canções de filmes de Hollywood).
Após os concertos de Ano Novo, algumas instituições seguem para a celebração de Reis. Assim acontece no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, que no dia 6, às 19 horas, acolhe os Alma Ensemble, grupo vocal com programa eclético, do canto gregoriano a Ralph Vaughan Williams. O Cine Teatro Eduardo Brazão, em Vila Nova de Gaia, tem Concerto de Reis às 21 horas de dia 8, com o tenor Sérgio Martins e quinteto de cordas e piano.