Kellyanne Conway questionou a ausência de despedimentos em órgãos de comunicação social depois das notícias com "tendência jornalística." A conselheira revelou que a administração tem uma lista de nomes.
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A agora conselheira de Donald Trump, e antiga diretora de campanha do presidente dos Estados Unidos, Kellyanne Conway, sugeriu que alguns dos jornalistas que cobriram as presidenciais norte-americanas deveriam ser demitidos. "Se isto fosse um negócio a sério e os órgãos de comunicação social principais estivessem no setor privado em expansão, que realmente gerasse dividendos, 20 por cento das pessoas tinham sido despedidas", exemplificou.
"As pessoas [jornalistas] deviam estar envergonhadas. Nem uma pessoa de uma estação foi despedida, nenhum comentador político que falou mal de Donald Trump foi demitido", denunciou Kellyanne Conway, perante o jornalista e entrevistador da Fox News, Chris Wallace.
"Estão a comentar todos os domingos, estão nos canais todos os dias. Onde está o primeiro editor ou o primeiro blogger que vai ser despedido, que envergonharam os títulos para onde escrevem? Nós sabemos os seus nomes. Sou demasiado educada para os dizer. A eleição foi há três meses e ninguém foi despedido."
Antes ainda, o CEO da campanha lamentou-se da cobertura jornalística em todos os momentos da corrida à Casa Branca: "Houve uma campanha anti-Trump enquanto candidato, presidente eleito e presidente. Os média falharam em entender a América. A tendência jornalística é fácil de ser detetada. Sinceramente ajuda-nos, porque a rejeição desta eleição é uma rejeição das elites e do "status quo". Quem é que está a arrumar a casa? Qual vai ser a primeira estação a livrar-se destas pessoas que disseram coisas que não são verdade?"
A conselheira de Donald Trump denunciou ainda que "com a imprensa livre vem a responsabilidade e a responsabilidade é dar a história bem" e que "os média não fazem coberturas completas." Antes do discurso desenfreado, Wallace procurou defender os companheiros de profissão: "é ofensivo termos pessoas na Casa Branca há uma semana a dar-nos lições sobre o que devemos ou não devemos fazer e que devemos estar calados."
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Esta tomada de posição por parte da administração norte-americana já é um padrão. Esta quinta-feira, o presidente norte-americano generalizou os média, dizendo que os jornalistas inventavam e reportavam notícias falsas. Também Steve Bannon, o responsável pela estratégia da Casa Branca, revelou os media "deveriam estar envergonhados e humilhados e deveriam calar-se e ouvir de vez em quando."