Milhares acorreram ao primeiro dia do evento, na Exponor. Prejuízos acumulados chegaram a ameaçar a convenção, mas já há datas para 2024.
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“Anos consecutivos de prejuízo” levantaram muitas dúvidas aos organizadores do Iberanime Porto sobre a sua continuidade, mas, a avaliar pela afluência registada ontem, no primeiro dia do evento, esse cenário parece, para já afastado.
Ao JN, o diretor da maior convenção da cultura pop japonesa no nosso país reconheceu que, durante anos, era a edição da capital que financiava sempre parte da edição do norte. Mas “o dinheiro nunca chegava”, porque o Iberanime no Porto “nunca confirmou as expectativas de crescimento”, afirmou André Manz.
Contudo, os indicadores iniciais da edição deste ano têm sido positivos. “Muito contente” com a afluência, que deverá cifrar-se em 35 mil visitas, mais três mil do que as verificadas no ano passado, Manz revelou que o Iberanime Porto 2024 já tem data marcada e até alguns cantores confirmados, que se recusa, para já, a revelar.
A animação e o entusiasmo que se sentiam este sábado ao longo da tarde no recinto da Exponor, onde decorreram atividades tão diversas como karaoke, karaté, dança sincronizada japonesa, concertos ou lançamentos de livros, indicavam o acerto da decisão.
António Simões era um dos muitos participantes satisfeitos com o desenrolar de uma convenção que considera até superior à de Lisboa. “Prefiro a edição do Porto, porque é um evento com mais espaço e mais à-vontade. Sinto que a organização é melhor”.
Entusiasta do cosplay, criou e vestiu a armadura de Odogaron, do vídeo jogo online “Monster hunter world”, tendo gasto “centenas de euros” e semanas de férias a trabalhar de manhã à noite. “Tive de fazer o desenho das armaduras em computador, para ter uma base. Criei tudo do zero, a cortar e colar, a pintar e não dormir”, revelou.
Como António Simões, vários visitantes estavam vestidos nas suas personagens favoritas. Alguns criam os seus próprios fatos, outros, com a crescente popularidade de cosplay, compram-nos. Foi o caso de Fábio Almeida, que gastou 150 euros num fato de cosplay que exibia com indisfarçável orgulho.
Este domingo, os visitantes poderão, no meio de uma infinidade de outras propostas, entre o concerto da estrela pop japonesa Hiroshi Kitadani, autor do êxito “We are”, um workshop de Quimbé sobre os segredos da dobragem ou um concurso de cosplay para crianças.