"Rock and roll: se gostas dele e se o sentes, és incapaz de o evitar. Isso é o que acontece comigo. Eu não o posso evitar". A frase de Elvis Presley estende-se a todos os amantes do rock que têm estes dias várias formas de desfrutá-lo, na versão ao vivo, pujantemente artesanal, na virtual e na explicada.
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Porto: dois dias de muito rock
O Rock à Moda do Porto regressa esta sexta e sábado para mais uma celebração na Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Porto. Blind Zero, Pluto, Sérgio Godinho, Plaza, Zen, Marta Ren, TurboJunkie e Ecos da Cave vão mostrar as histórias de bandas de rock que resistiram ao passar dos tempos e, ainda hoje, palpitam no coração do país, mas com pronúncia do Norte. Leia aqui a antecipação do JN.
Porto: realidade virtual, inteligência artificial
A Galeria Municipal do Porto (GMP) inaugura este sábado, às 18 horas, um novo ciclo expositivo, com três novas exposições: “Superfície desordem”, de Jonathan Uliel Saldanha; “Febre da selva elétrica”, de Vivian Caccuri; e “Assim no céu como na terra”, de Rita Caldo.
Com curadoria de João Laia, “Superfície desordem” é a primeira mostra individual de grande escala de Uliel Saldanha e estará no piso zero da GMP, transformando o espaço num ambiente imersivo controlado por Inteligência Artificial.
Já o primeiro piso da GMP será ocupado por “Febre da selva elétrica”, a primeira exposição em Portugal da artista brasileira Vivian Caccuri. Com curadoria de Bernardo de Souza, o dispositivo congrega um conjunto de obras preexistentes e peças especialmente concebidas para esta exposição.
O piso -1 da GMP passa também a ser dedicado à apresentação de artistas que estão em estreia no contexto institucional. As exposições são gratuitas.
Também de realidade virtual é feito o espetáculo que está a tomar conta do Teatro Rivoli, no Porto. “Comungar com seres espectrais invisíveis, corpos adormecidos ou estados de doença e ter a experiência do tempo suspenso num círculo” é a proposta do cineasta Apichatpong. A performance tem este sábado nove récitas no Rivoli. De meia em meia hora entre as 14.30 e as 21.30 horas. Prepare-se: é um léxico visual único.
Penafiel: também aqui o rock é rei
O festival Escritaria tem alguns dos seus pontos altos este sábado em Penafiel. A cantora e compositora brasileira Adriana Calcanhotto e o editor português Jorge Reis-Sá apresentam, às 16 horas, no Ponto C, a antologia de Arnaldo Antunes, “Quase tudos”, que reúne praticamente toda a obra poética do cantor e compositor, com moderação da jornalista Raquel Marinho .
Às 17 horas, debate-se “O Brasil antes e depois de Arnaldo Antunes”, com o ator Antônio Grassi, a escritora Hérica Marmo e o investigador Ivan Lima Cavalcanti, com moderação do jornalista João Céu e Silva. É o Brasil antes e depois da ditadura e o papel da arte e do rock como uma das bandeiras da liberdade naquele país.
Às 18.30 horas a conversa gira em torno da “Poesia e música, uma relação de intimidade”, com Mafalda Veiga, Martim Sousa Tavares e Samuel Úria, e moderação da professora universitária Paula Guerra. Às 21.30 horas, também no Ponto C, o público é convidado a assistir a uma entrevista de fundo a Arnaldo Antunes, moderada por Tito Couto.
Braga: o triunfo da eletrónica no Semibreve
Mas, nem tudo é rock. O festival Semibreve celebra este fim de semana a sua 14ª edição com espetáculos no Theatro Circo e no GNRation, em Braga. Este sábado à tarde, o Seminário Menor servirá de palco ao pianista Giovanni Di Domenico. Em linha com o foco do Semibreve, o italiano estreia novo disco, “Nachleben”. A criação de uma atmosfera sonora contemplativa é a principal chave do autor, que trabalha quase em exclusivo com improvisos. Juntamente com a apresentação musical, muitas vezes minimalista, o público pode esperar a coordenação com imagens que reforçam a narrativa das suas criações.
O festival de eletrónica e artes digitais tem um programa vastíssimo. Consulte aqui o cardápio completo.
Lisboa e Porto: destinos operáticos
"Bem-vindos à ópera!" é o mote para as celebrações do Dia Mundial da Ópera que se assinala este sábado, pelo Teatro Nacional de S. Carlos, na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa.
Das celebrações consta ainda a exposição "Recordar 'Aida' no Teatro Nacional de São Carlos", no átrio da reitoria da Nova de Lisboa, a partir das 18 horas. O programa "revisita as produções desta ópera [de Giuseppe Verdi, estreada em 1874], apresentada em São Carlos, destacando o seu impacto cultural e artístico, que continua a fascinar públicos em todo o mundo".
Já no Porto, a ópera será celebrada com uma flashmob no Mercado do Bolhão que serve de prólogo ao primeiro Festival internacional de ópera do Porto.