Da revisitação biográfica do poeta brasileiro Paulo Leminski em Matosinhos, à nova aparição do performer e artista plástico António Olaio, o fim de semana que agora se insinua traz-nos amplos motivos de contentamento, ideais para contrariar os típicos amuos meteorológicos outonais.
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Matosinhos acena a Leminski
Na sua curta vida, Paulo Leminski (1944-1989) foi muitas coisas diferentes – poeta, jornalista, publicitário, tradutor, professor, crítico literário –, mas sempre eivado de uma informalidade a toda a prova.
Até 8 de novembro, a exposição Múltiplo Leminski, patente na Galeria Municipal de Matosinhos, oferece um olhar amplo sobre o percurso biográfico e artístico de alguém que concebia a vida como um risco permanente.
Porto em modo Promenade
O habitual conceito associado aos concertos Promenade no Coliseu do Porto conhece neste domingo de manhã uma ligeira variação. O ciclo continua a propor uma viagem descontraída pela história da Música, num programa dirigido a toda a família, mas desta vez com uma curadoria muito especial. A Garota Não, uma das mais destacadas revelações da canção portuguesa dos últimos anos, vai partilhar as suas obras clássicas favoritas. A direção é de Cesário Costa e a interpretação cabe à Orquestra Clássica de Espinho.
Ainda pelo Porto, o cinema do Teatro Campo Alegre está a exibir, até à próxima quarta-feira, dois filmes de Pedro Costa. “As filhas do fogo” e “Ossos” são os dois filmes que integram esta sessão conjunta. Às sextas e sábados, há duas exibições diárias (15.30 e 21.30 horas). Nos restantes dias, é às 21.30 horas. O bilhete custa 5.50 euros.
Todos os livros em Óbidos
Há quase uma década que outubro já é sinónimo de Folio, um festival onde os livros são celebrados de todas as formas (e feitios). Durante 11 dias, a pacata vila desdobra-se em iniciativas quase sem fim (são 600) nos mais variados recantos. Sob o mote da inquietação, estão previstas 14 mesas redondas, nas quais serão debatidos temas como o Medo, a Diferença. O Ódio, o Humor e, claro, o Livro. Pode espreitar o programa aqui:
A luz interior de Coimbra
Quase a chegar ao termo, a quinta edição do Lux Interior – um festival que celebra o catálogo da Lux Records e presta tributo ao vocalista dos Cramps – reserva para a noite desta sexta-feira um dos seus pontos altos: a reunião em palco de António Olaio e Richard Strange. Performer e artista plástico, o cofundador dos Repórter Estrábico junta-se a Richard Strange, mítico músico e ator britânico, no projeto “The black square”. Um autêntico acontecimento.
Portalegre e as “one man band”
Há músicos que valem por vários, tal a perícia em executar vários instrumentos. Em Portalegre, no CAE, o fim de semana é dedicado às one man bands, com a realização da 14ª edição deste festival. Esta sexta, dia inaugural, o destaque fica por conta do portuense Carlos Raposo, do iraniano Hassan K, a residir em Paris, e do galego Signora Anido. Amanhã, o protagonismo vai ser repartido entre o português Slim Charley Santus, o belga Big Horse e o italiano Low Ranger.
Valongo escuta ”Sons na fábrica”
Quem também é um autêntico homem-instrumento é Noiserv. O músico abre neste sábado à noite o ciclo “Sons na fábrica”, que tem continuidade assegurada a 9 de novembro, com Sara Correia, e António Zambujo, a 7 de dezembro. No espetáculo deste fim de semana no Fórum Cultural de Ermesinde, o membro do coletivo You Can't Win Charlie Brown vai interpretar temas do seu disco “Uma palavra começada por N”. Os bilhetes têm o custo unitário de dez euros.