O MEO Marés Vivas anunciou, esta terça-feira de manhã, a primeira confirmação para o festival, cuja última edição teve lugar no antigo parque de campismo da Madalena, em Vila Nova de Gaia.
Corpo do artigo
Da Weasel é o primeiro nome a ser confirmado pela organização do festival de Gaia, que na segunda-feira tinha prometido uma surpresa para hoje.
Depois do fim do grupo de hip hop, há 12 anos, a banda - uma das maiores do início dos anos 2000 - fez uma aparição no Nos Alive, em Algés, e anunciou recentemente um regresso em grande aos palcos em 2023, sem deixar claro em que moldes. Esta terça-feira, o grupo que tem as vozes de Pacman (Carlão) e Virgul também anunciou a boa-nova aos fãs nas redes sociais.
A 14 de julho, 14 anos depois
Há 14 anos que os Da Weasel não pisavam o palco do Meo Marés Vivas, relembrou Pacman (Carlão), como "algo memorável" e espera que no próximo ano ainda seja mais: "Um prazer enorme estar aqui na segunda volta. O Norte, Porto, Gaia, sempre nos tratou de forma extraordinária, com muito carinho e amor" e "os concertos são sempre brutais", acrescentou o baixista João Nobre.
Com concerto marcado para o dia 14 de julho, o grupo revela que irá "preparar algo de muito específico" para o Marés Vivas. "Ainda temos que desenvolver as ideias, mas certamente haverá uma coisa nova", confessam.
A receção que tiveram este ano no Nos Alive foi o mote para voltarem a mais um festival, mas agora no Norte. Com grandes planos, os Da Weasel abordam o quão diferente é atuar num festival. "É uma pica, uma concorrência saudável, já que não queremos deixar os nossos créditos em mãos alheias", diz Carlão.
Apesar de já ser o segundo festival onde atuam, desde a sua separação, o regresso definitivo da banda ainda não foi prometido: "vamos falar deste jogo (Marés Vivas) e depois falamos do próximo, é jogo a jogo", indica o baixista João Nobre.
O promotor do festival, Jorge Lopes, revela que os Da Weasel "já são um namoro antigo. Há muitos anos que estamos a tentar conseguir que eles cá viessem novamente", considerando um orgulho poder anunciá-los como primeiro nome do cartaz.
Com a confirmação de um maior investimento na próxima edição, Jorge Lopes confessa que "a edição anterior foi um maior sucesso" do que aquilo que era esperado, atingindo um público de 120 mil pessoas. O promotor acredita que poderá levar mais, mas primeiramente, o grande desafio é manter os mesmos números já alcançados, que já colocam o evento como o maior festival da zona Norte.
A aposta em artistas nacionais continuará: "Nos três principais palcos temos 36 artistas, mais de 50% serão portugueses", revela Jorge Lopes. O mesmo adianta que até ao final de novembro, princípio de dezembro, pretendem anunciar mais artistas tanto nacionais, como grandes nomes internacionais.
O presidente da Câmara Municipal de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, destaca a importância que este festival tem para a região, considerando ser um "momento de afirmação". "Por um lado com uma dimensão internacional com músicos estrangeiros que cá vieram, mas por outro é um festival muito familiar, em que o programa é organizado de maneira a que possam vir os pais, os filhos".
Estando confirmado o local do festival para os próximos anos, no antigo parque de campismo da Madalena, o autarca considera que esta mudança do espaço na edição anterior lhe deu outro potencial: "um espaço muito maior, com um ambiente agradável do ponto de vista social, mas também paisagístico, num parque urbano, perto da praia e com infraestruturas que permitem que o festival seja um sucesso". "É um grande arranque, isto promete", acrescentou, na cerimónia de apresentação do primeiro cabeça de cartaz do festival.