Festival documental termina este fim de semana com filmes sobre músicos, realizadores e o "underground" da Invicta nos anos 1980.
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A entrar na reta final, o Porto Post Doc reserva ainda estimulantes propostas para este fim de semana. Na secção “Transmission”, que imbrica o cinema e a música, destaque para “Peter Doherty: Stranger in my own skin”, de Katia de Vidas, que acompanha o período mais tortuoso do vocalista dos The Libertines – quando a balança tremia entre a recuperação e o afundamento nas drogas.
Filmado pela sua mulher, é retrato íntimo de um dos últimos “bad boys” do rock. O filme será exibido esta sexta-feira, às 21.15 horas, no Batalha Centro de Cinema, e amanhã, às 17.15 horas, no Cinema Passos Manuel.
Outro artista em foco é o realizador, poeta e ativista Werner Herzog, autor de joias como “Grizzly man”, “Fitzcarraldo” ou “Stroszek”. Thomas Von Steinaecker mergulha na sua obra e personalidade em “Werner Herzog, radical dreamer”, que passa esta sexta, às 17.15 horas, no Passos Manuel.
Ainda esta sexta-feira, saliência para a “fotografia expandida” de Daniel Blaufuks: assim chamou o fotógrafo e cineasta português a “Naquele dia em Lisboa”, recuperação de imagens do realizador alemão Eugen Schüfftan captadas em Lisboa, em 1940, a que se sobrepõe uma narração do ator Bruno Ganz (Batalha Centro de Cinema, 19 horas).
No sábado, último dia do festival, a cerimónia de entrega de prémios, no Batalha, às 21.15 horas, será antecedida pela exibição de “Time takes a cigarette”, de Aya Koretzy, que se debruça sobre a cena "underground" do Porto nos anos 1980: concertos, discotecas como o Griffon’s e o Lá Lá Lá e as personagens exuberantes da época. A encerrar o festival, na mesma sala, um clássico de François Truffaut, “Antoine et Colette”.