Desenhador italiano Massimiliano Frezzato morre aos 57 anos

A banda desenhada volta a chorar um dos seus criadores, o italiano Massimiliano Frezzato, que faleceu esta segunda-feira, após doença prologada, contava apenas 57 anos. Esta triste notícia, vem juntar-se aos falecimentos recentes de Pierre Christin, Giorgio Trevisan e Job, que tornam este Outubro um mês negro para os quadradinhos.

Massimiliano Frezzato nasceu em Torino, Itália, a 12 de Março de 1967, tendo frequentado o Liceo Artistico local entre 1982 e 1986 tendo, durante esse período, ficado em segundo lugar no concurso nacional de banda desenhada de Prato. Em 1989 seria mesmo o vencedor do certame, numa altura em que já publicava em revistas desde 1985.

A sua primeira banda desenhada de relevo foi "Margot", escrita por Jerome Charyn, tendo ensinado banda desenhada entre 1994 e 1997, no Instituto Europeu de Design de Torino.

Seria no entanto a série "Os Guardiões de Maser", cujo primeiro volume foi publicado em 1996, que o tornaria famoso no seu país e para além dele

Saga pós-apocalíptica, decorre num planeta Terra em que as calotes polares derreteram, após uma sangrenta guerra, reduzindo as zonas terrestres a pequenas ilhas e impondo aos sobreviventes uma grande regressão tecnológica. Dono de um espetacular traço realista, de uma planificação dinâmica e de um excelente trabalho de cor, que foi capaz de aplicar em diferentes registos, Frezzato assinaria nove volumes de "Os Guardiões de Maser"até 2011, sendo que os sete primeiros foram editados em português pela Vitamina BD.

Da sua bibliografia constam também versões pessoais de "Pinóquio", "Peter Pan" ou o "Capuchinho Vermelho", entre outros contos infantis, e uma colaboração com a Marvel: "Wolverine: Beer run".

O seu talento unanimemente reconhecido, valeu-lhe ser distinguido com o Prémio Yellow Kid, em 2001, no Salone Internazionale dei Comics de Lucca, o mais importante de Itália.

"La guida del tamarro del dr, Dubacq", em 2019, foi o seu último trabalho publicado.