Plataforma arranca em Portugal com argumentos de peso e mais de 600 filmes e 100 séries.
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Na realidade digital, a abundância é um novo tão normal que quase nos anestesia: até parece pouco poder aceder em segundos a um catálogo com mais de 600 filmes, mais de 100 séries e uma quantidade sem fim de episódios, momentos fundamentais da história do entretenimento mundial e produções exclusivas, criadas com apenas um propósito: tornar mais atrativo o Disney+, o novo serviço de streaming que está, a partir de hoje, disponível em Portugal.
Parece pouco, mas não é certamente. A qualidade em quantidade é um argumento fundamental e comum na oferta das potências em disputa na apelidada "guerra do streaming", a luta entre as diversas plataformas pela primazia da TV digital - só em Portugal, há pelo menos oito que se podem subscrever.
A Disney+ traz para Portugal o seu peso histórico e argumentos não menos substanciais: todos os capítulos da saga Star Wars, mais de 30 filmes da Marvel, filmes e curtas-metragens da Pixar, documentários e séries da National Geographic, mais de 30 filmes e séries originais, como a muito bem-sucedida "The Mandalorian" (e o seu muito famoso "baby Yoda"), ou todas as temporadas de "Os Simpsons". Para além de outras produções da Fox (recentemente adquirida pela Disney) e que vão ser integradas na lista crescente que o serviço vai disponibilizar. A subscrição custa 6,99 euros por mês ou 69,99 euros por ano.
A concorrência - Netflix, HBO, Amazon Prime, Apple+ ou Filmin - chegou ao país há mais tempo e não lhe faltam armas desta disputa que se prevê dura. Mas a empresa está confiante. Ao JN, Luís Fernambuco, diretor-geral da The Walt Disney Company Media Portugal, recordou que o Disney+ estreou-se em novembro de 2019 nos EUA e já atingiu os 60 milhões de assinantes em todo o Mundo. Uma marca que "atesta o tremendo sucesso do serviço", salienta. "Isso leva-nos a estar otimistas em relação ao lançamento em Portugal".
Curadoria portuguesa
Como sempre, e à semelhança dos restantes serviços, a Disney não divulga objetivos nem o número de subscritores que já conseguiu com a campanha lançada antes da estreia e que oferecia um desconto. Fernambuco afirma apenas que "estão muito satisfeitos com os resultados" e lembra que o Disney+ vai ter uma curadoria portuguesa, com "equipas locais atentas às preferências dos espectadores e às dinâmicas do mercado, para poder fazer os ajustes necessários à estratégia de conteúdos".
Nesta fase de arranque, o Disney+ vai apenas estar disponível via aplicações, browser e smart TV, não estando integrada ainda nas boxes tradicionais dos operadores.
Programas
"Mulan" chega a 4 de dezembro
Versão em imagem real de um dos clássicos de animação da Disney (e que está a levantar polémica, como explicou ontem o JN), foi uma das vítimas da pandemia. Não estreou em sala e passou diretamente para o streaming. Em Portugal, estreia-se a 4 de dezembro.
Álbum visual de Beyoncé
Exclusivo da Disney+, é um disco visual feito a partir da música criada para acompanhar a versão 2019 de "O rei leão", o filme mais visto nas salas portuguesas no ano passado.
Segunda temporada de "The Mandalorian"
É o mais bem-sucedido original da nova plataforma. A série "The Mandalorian", que expande a saga Star Wars, foi nomeada para 15 Emmy e tem segunda temporada já anunciada para outubro.