Antony Szmierek estreia-se com “Service station at the end of the universe”, "spoken word" em ambiente de rave.
Corpo do artigo
É número em ascensão no Reino Unido e, por tabela, rapidamente será nome de cabeceira nos festivais de música europeus. Há dois anos, Antony Szmierek (Manchester, 1991) era professor numa escola para alunos com necessidades especiais e escrevia novelas nas horas vagas. Cresceu no circuito de ‘microfone aberto’ lendo poesia e colaborou com a banda The Rhythm Method. O primeiro EP, “Poems to dance to” (2023), já anunciava a fusão de poemas com música de dança. E, em 2024, estourou nacionalmente em Glastonbury. Estreia-se agora na longa duração com “Service station at the end of the universe”.
O primeiro paralelo que ocorre ao escutar-se as 12 faixas é Mike Skinner, líder dos The Streets, que avia blocos de textos em ‘spoken word’ contra um fundo de batidas e infusões pop e r&b. Mas Szmierek, cujas principais referências são Jarvis Cocker e Alex Turner, mergulha fundo no espírito da rave dos anos 1990, embebendo os seus poemas – irónicos, comoventes, realistas e surreais – em tintas nostálgicas de ‘after hours’.