<p>São dois novos heróis da banda desenhada portuguesa e acabam de salvar o Mundo, em "As incríveis aventuras de Dog Mendonça e Pizza Boy", um relato rocambolesco e delirante chegado recentemente às livrarias nacionais.</p>
Corpo do artigo
O seu autor é Filipe Melo, "pianista de jazz de profissão", sempre metido "em aventuras que não deixam muito tempo para o piano, como o cinema" - realizou "All see you in my dreams", o mais famoso filme de zombies nacional, e a série televisiva "Mundo catita" - e, agora, "também a banda desenhada", para onde transportou influências do cinema fantástico ("Gremlins", "Regresso ao futuro", "Matrix" e John Landis, que prefacia o livro) e da própria BD ("Hellboy", "Dylan dog").
No início, eram apenas ideias "anotadas em post-its". Seguiu-se um retiro "em Tondela, onde, em 20 dias", escreveu "o guião do que deveria ser um filme", pois demorou muito tempo "a perceber que esta história tinha de ser contada em BD". Hoje, satisfeito com esta "obra feita pelas razões certas, por gosto, não para ganhar dinheiro", pensa que "teria dado um mau filme, pois não haveria verba para os efeitos especiais necessários."
Após uma série de peripécias, acabou por "encontrar o desenhador na Argentina", com quem, ao longo de um ano, trocou 'e-mails' e conversou no Skype, para, finalmente, se conhecerem pessoalmente "há dias, quando Juan Cavia chegou a Portugal", para uma série de eventos de promoção do livro.
Apocalipse como sequela
Para "As incríveis aventuras de Dog Mendonça e Pizza Boy" imagina como banda sonora "um grande arranjo orquestral" em que os seus (invulgares) heróis têm de "evitar o êxito do Quarto Reich", com Lisboa como pano de fundo, "pois, durante a II Guerra Mundial, a capital portuguesa fervilhou de espiões e refugiados".
Agora, qual bom zombie, está morto "por convencer toda a gente a fazer a sequela". Que já tem título - "Apocalipse" - e que parte das mesmas premissas: "Acontecimentos estranhos, Lisboa como cenário e a missão de salvar o Mundo em 12 horas". Começará "cinco anos depois da primeira história" e, nela, "o Pizza Boy trabalha num call-center, a única actividade mais deprimente do que ser entregador de pizzas". E como foi pensada desde o início como "novela gráfica, posso destruir muito mais coisas". Por isso, revela Filipe Melo, no final, "Portugal vai ficar feito em cacos."