Relatório de contas de 2018 revela saldo positivo pela primeira vez em seis anos.
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A Casa da Música (CdM) gere um orçamento anual de 14,6 milhões de receitas e 13,6 milhões de custos.
Deste montante, a Fundação gasta 6,7 milhões em salários com trabalhadores e 2,5 milhões em honorários, entre prestadores de serviços e recibos verdes: 1,8 milhões vai para artistas e músicos e 640 mil para técnicos.
No total, o pagamento às pessoas que, de uma forma ou de outra, trabalham para a CdM, totaliza 9,2 milhões por ano, ou seja, dois terços dos custos totais.
Esta informação consta no último relatório de contas, de 2018, um documento público e bastante detalhado. De acordo com esse documento, a 31 de dezembro de 2018, a CdM tinha 191 funcionários efetivos e 15 vagas por preencher no quadro extensível a 206 colaboradores.
0,2% notícias negativas
Desagregando a informação por grupos de trabalho (retirando os encargos com a Segurança Social), é possível estimar um valor médio de referência: os 84 músicos recebem 2.367 euros brutos em cada um dos 14 meses; os 86 profissionais de gestão, administrativos e técnicos auferem 1.862 euros mensais; e os 21 trabalhadores do café e restaurante ganham 994 euros mensais.
O Estado é responsável por 8,2 milhões da receita da CdM, a que se somam 230 mil euros da Câmara do Porto.
As contas de 2018 mostram que houve mais eventos, mais espectadores e mais bilhetes vendidos. Nas receitas, apesar de a verba dos mecenas ter diminuído, houve um resultado positivo (114 mil euros), o que não acontecia há seis anos.
No entanto, os prejuízos anteriores acumulados somam 4,5 milhões.
O relatório também dá conta da repercussão pública da CdM: foi notícia 4700 vezes. Segundo a avaliação da Casa, só 0,2% foram notícias negativas. Era o ano de 2018.