A Guarda, distrito de origem de Eduardo Lourenço, concentra as iniciativas que marcam o arranque das comemorações do centenário do seu nascimento, nesta terça-feira. Programação estende-se pelos próximos 12 meses.
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Assinalado oficialmente já nesta terça-feira, o centenário do nascimento de Eduardo Lourenço é marcado pelo espírito de mundividência que caracteriza o próprio pensamento do autor de "O labirinto da saudade".
No entanto, o epicentro das comemorações de aniversário serão as paisagens familiares da Beira Alta. Em S. Pedro do Rio Seco, a pequena localidade onde nasceu, está prevista para esse dia uma homenagem que inclui um roteiro literário alargado. No sábado seguinte, em Almeida, decorre o ciclo "Conversas ao largo", no qual vários especialistas vão falar sobre o legado lourenciano. Os músicos Rui David e Blandino encerram a sessão.
Ainda na terça-feira, mas na Guarda, está reservado um extenso programa comemorativo de que fazem parte o congresso "Leituras de Eduardo Lourenço", o lançamento dos livros "Fotobiografia" e "Uma geopolítica do pensamento", um concerto "in memoriam" e a inauguração de uma escultura alusiva ao pensador.
Por muito amplas que sejam as comemorações agendadas para esse dia, o programa do centenário vai procurar manter o dinamismo nos meses seguintes. Oito universidades, portuguesas mas também espanholas, francesas, italianas e brasileiras, já anunciaram a realização de colóquios dedicados ao autor.
Ainda no ensino, mas secundário, a comissão executivo planeou um conjunto de ações em estabelecimentos de norte a sul, que deverão passar por exposições, mas também espaços de conversa e debate que permitam aprofundar o conhecimento em torno da obra de Eduardo Lourenço.