São noites de festa, mas as redações não param. Saiba que pivôs vão estar no "ar" na noite de Natal e no fim de ano.
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Sem surpresas, sem stresse e sem lamentos. É assim a reação dos jornalistas televisivos que vão trocar ou atrasar a consoada pelos diretos televisivos. Na noite deste domingo, Cristina Esteves (RTP1), Clara de Sousa (SIC) e Judite Sousa (TVI) são as três profissionais que às 20 horas, cada uma no seu canal, apresentará o principal bloco informativo da noite.
"Já estamos habituados. Calha sempre a todos, não há que falhar", conta ao JN Cristina Esteves, pivô do "Telejornal" ao fim de semana. A jornalista terá este ano que contar com dose dupla. "Como o Natal e o fim de ano calham num fim de semana, eu estou de escala no dia 24 e também no dia 31. No ano passado foi muito pior, porque tive de trabalhar a 24 e 25 de dezembro. Este ano, pelo menos, tenho o dia 25 para brincar com os meus filhos".
Quanto à consoada, "não há problemas, tudo se consegue". "Jantamos um pouco mais tarde. Em vez de começarmos às 20.15, como é habitual, começamos às 21.30 horas", explica.
Sem stress, é só meter ao forno
Também Clara de Sousa desdramatiza. "A primeira vez foi mais stressante, agora já sabemos que um ano sim, um ano não, lá calha", afirma. A jornalista, ela própria uma cozinheira de mão cheia, já com livros publicados, não deixa os destinos da noite familiar em mãos alheias. "Claro que sou eu que faço tudo. Algumas coisas conseguem ficar prontas de antemão, no sábado à noite [ontem] e no domingo de manhã [hoje], antes de ir para a SIC. Depois, quando estiver a acabar o "Jornal da Noite" peço-lhes para ligarem o forno [risos]", conta a pivô, que recomenda que "para estas situações nada como um prato de forno, que é mais fácil". O bacalhau não pode faltar e, portanto, a escolha recaiu no "Bacalhau com broa, por camadas, que faz parte do primeiro livro" que Clara de Sousa lançou.
Judite: são dias como os outros
Na TVI, outra mulher vai dar as boas-vindas aos espectadores no "Jornal das 8". Trata-se de Judite Sousa, diretora-adjunta da estação, e que já apresenta habitualmente o noticiário ao fim de semana. A profissional respondeu à pergunta do JN - como é passar a noite de consoada e de Natal no ar? - com uma frase muito direta: "São só mais dois dias no calendário". Nos canais de cabo, Daniel Catalão é o homem de serviço na RTP3. "Vou apresentar o "Jornal das 19" e o "24 Horas", mas desta vez, como moro perto da televisão, vou poder dar um pulinho a casa". O jornalista conta que tem "escapado nos últimos anos ao Natal". "Normalmente, peço para fazer o fim de ano, até porque vou a Bragança no Natal para estar com os meus pais, mas desta vez eles estão cá". Catalão relativiza o caso, até porque "há sempre gente do outro lado da televisão que precisa de companhia".
Já em Carnaxide, o homem do leme no canal informativo na noite de hoje será o jornalista Rodrigo Pratas. Com ele, e com todos os outros pivôs dos outros canais, é bom não esquecer, estão equipas de jornalistas no terreno, técnicos no exterior, no estúdio e na régie, que também trocam a diversão pelo trabalho. A TVI24 não nos deu, até ao fecho desta edição, o nome dos outros jornalistas que estarão de serviços nas noites festivas de 24 e 31.
À hora das 12 passas, eles estão no ar
Para lá de Cristina Esteves (RTP1), que, como se disse, acumula com a consoada, Rodrigo Guedes de Carvalho (SIC) e Pedro Pinto (TVI) estarão de serviço no dia 31 na condução do "Jornal da Noite" e do "Jornal das 8".
Nos canais por cabo, Pedro Mourinho estará no ar "quando todos estiverem a comer 12 passas". "Já fiz seis ou sete vezes este trabalho e, sinceramente, não me custa nada, até porque não dou grande importância ao réveillon", garante ao JN. Mourinho diz que "há sempre um convívio diferente neste dia". "Há uma ceia especial preparada, acabamos por celebrar em conjunto, até porque estão sempre a trabalhar nestes dias 20 ou 30 pessoas. Por isso, acabamos por celebrar em conjunto e com os espectadores, porque há sempre muita gente que gosta de ver os fogos-de-artifício".
Fátima Araújo, que conduzirá o "24 Horas" na RTP3 lembra que "estas noites acabam por ser muito trabalhosas, por causa dos diretos, mas rotineiras". "O caudal noticioso é sempre o mesmo: fogos-de-artifício, álcool, operações stop. E no dia seguinte, é certo e sabido que não podem faltar o primeiro banho e o primeiro bebé do ano", brinca. Há seis anos que a jornalista faz sempre o jornal de viragem do ano. "Desde que a minha mãe morreu há seis anos, opto por trabalhar na passagem do ano, para passar o Natal com o meu pai e o meu irmão", explica.
A jornalista não esquece a "importância de trabalhar para as pessoas isoladas, sem família, acamadas ou que, por contingências da vida passam o final do ano a ver televisão". "Essa é uma das motivações especiais" para trabalhar na chamada noite mais longa do ano.