Em Brotas respira-se harmoniosa pacatez

Salvaguardando os dias de festa em honra da padroeira, que acontecem na primeira semana de Agosto, o que espera o visitante é sobretudo a pacatez e o remanso de um lugar que parece ter parado no tempo.

A natural simpatia dos habitantes do lugarejo é outro dos atractivos. Quando menos se espera podemos ser convidados para um almoço, tipicamente alentejano, numa das casa dos poucos habitantes que teimam em não abandonar o lugar onde nasceram. Já se se precisar de alguma coisa da mercearia ter-se-á de tocar à campainha do único estabelecimento disponível (misto de mercearia, drogaria, loja de utilidades). Tudo porque desde que o dono foi assaltado por um casal "com ar simpático", tudo se alterou. Por isso, há que contrariar o hábito de deixar portas franqueadas.

Chega-se a Brotas a partir de Mora ou de Montemor-o- -Novo. Brotas fica a 120 quilómetros de Lisboa e a 60 quilómetros de Évora, Património Mundial da Humanidade.

Chegados ao local, o que nos espera é uma imagem de bilhete-postal.

A Rua da Igreja, encimada pelo santuário de Nossa Senhora de Brotas, é um aglomerado harmónico de casinhas brancas, debruadas a azul.

O núcleo habitacional integra as casas da Romaria, muitas delas datam do século XVII, que foram totalmente restauradas e adaptadas a turismo de aldeia. São, ao todo, cinco habitações de diversas tipologias, devidamente equipadas e independentes. É só escolher e disfrutar.

Pode-se fazer passeios pedonais ou de bicicleta, participar em sessões de moldagem de barro, na única olaria ainda em funcionamento, andar a cavalo, em suma, desfrutar da natureza da região.

Em Brotas, há tempo para, junto ao fontanário existente ao lado da igreja, entabular conversa com alguns dos moradores que li se juntam pela tardinha.

Ouve-se cigarras e grilos. E, relativamente perto, há ainda a hipótese de se visitar o Fluviário de Mora ou o Monte Selvagem, parque temático com animais selvagens, quintinha e áreas de lazer para os mais novos.