Enrique Vila-Matas: “Hoje, o silêncio vale mais do que qualquer palavra”
Escritor espanhol lança novo livro "Montevideu" e defende que os clássicos são mais atuais do que a generalidade dos bestsellers de hoje. "Nunca procurei mudar o mundo", diz em entrevista ao JN, "ficaria louco se me apercebesse de que tinha esse poder nas mãos".
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O Porto a que Enrique Vila-Matas agora regressou para uma homenagem promovida pela Livraria Lello pouco terá que ver com a urbe misteriosa que retratou, nos idos de 1990, em “A viagem vertical”. Nada, todavia, que interfira com a visão global sobre a identidade da Invicta, preferindo inserir essa mudança num processo mais global de “homogeneização das paisagens urbanas”. O que não se alterou, diz o escritor espanhol, é a “sensação que vivemos no fim do mundo, algo que tem percorrido todas as épocas e lugares”.