Artista Do Carmo Vieira expõe “Paisagens humanas” no Museu Municipal de Espinho até 12 de abril.
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Reflexivos, doridos ou enigmáticos, os 50 rostos que constam da nova exposição de Do Carmo Vieira são um esforço deliberado de uma compreensão mais alargada da humanidade que cada um de nós carrega dentro de si.
Muitas dessas figuras são facilmente identificáveis até pelo mais desatento dos visitantes de “Paisagens humanas”, a exposição que o Museu Municipal de Espinho/FACE alberga até 12 de abril – de José Afonso e José Saramago a Maria Teresa Horta, passando por Fernando Pessoa, Paula Rego ou Eça de Queiroz, os exemplos sucedem-se. Mas, para lá da notoriedade dos retratados, o que impulsiona o ato criativo da artista natural de Vila Pouca do Aguiar é uma matéria de outra índole. Mais reflexiva. Procurar capturar a sua essência, despojando-a, se necessário for, da pose ou dos constrangimentos que tantas vezes os rodeiam, em nome de uma mais do que duvidosa manutenção das aparências.