“O sentido da vida é só cantar: orfismos, urdiduras, sortilégios, lances de dados” está patente na zet gallery até 27 de abril.
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Nuno Faria (PT, 1971) é uma das destacadas vozes da curadoria em Portugal, desenvolvendo um trabalho nas margens das abordagens comerciais e que tem privilegiado as relações entre arte e transcendência, a palavra e a imagem, ligando artistas, coleções e artefactos provenientes de outras dimensões da criação humana. Reconhecemo-lo, talvez, pelo trabalho de quase uma década na direção do Centro Internacional de Artes José de Guimarães, em Guimarães, tendo depois tido curta passagem pelo Museu do Porto, projeto da Câmara Municipal do Porto. É, também, docente da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha e, recentemente, foi escolhido para a direção do Museu da Fundação Arpad Szenes-Vieira, em Lisboa.
Mantendo atividade como curador independente, Nuno Faria assina, por estes dias, a curadoria da exposição “O sentido da vida é só cantar: orfismos, urdiduras, sortilégios, lances de dados”, patente na zet gallery, em Braga, até 27 de abril. A exposição reúne obras plásticas de autoras do campo da escrita, tais como Filipa Leal (PT, 1979), Mafalda Veiga (PT, 1965) e Marta Bernardes (PT, 1983); artistas que tocam a dimensão do têxtil como forma plástica de uma escrita de memórias, como são as de Alexandra de Pinho (PT, 1976) e de Zélia Mendonça (BR, 1957); e ainda Jorge Feijão (PT, 1971), que aborda o desenho como pensamento e construção de uma espécie de cartografia de pertenças e semióticas pessoais.