Gala do Fado, promovida pela Rádio Festival, regressa este domingo ao Coliseu do Porto após pandemia.
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Já lá vão perto de quatro anos desde o início da pandemia de Covid-19, mas ainda há regressos a assinalar. A norte, na cidade Invicta, a local e acarinhada Rádio Festival volta à programação anual da Gala do Fado, que acontece este domingo de tarde. O objetivo é, tal como nas passadas cinco edições (de 2015 a 2019), homenagear esta arte da cultura portuguesa. E dar visibilidade ao fado que se faz no Porto, sempre com espaço para apresentar novos talentos.
A Gala do Fado é ainda pretexto para festejar mais um ano de existência da Rádio Festival, uma emissora de companhia dos portuenses, no ar há 37 anos.
Este domingo, 12 de novembro, a partir das 16.30 horas, as portas do Coliseu do Porto abrir-se-ão para receber nomes do fado de todas as idades e geografias, entre os quais, António Pinto Basto, Gonçalo Salgueiro e José Gonçalez.
Mas nem só de concertos se fará a tarde de domingo. Durante a gala, haverá inúmeros homenageados e premiados. O Prémio Carreira, o Prémio Revelação e o Prémio Joel Pina, já típicos deste espetáculo, serão atribuídos, respetivamente, ao fadista Artur Batalha, ao jovem Miguel Moura e ao autor, cantor e compositor Paulo de Carvalho.
A novidade desta sexta edição da Gala do Fado é o Prémio Guitarra Portuguesa, entregue pela primeira vez, e que será atribuído a Armindo Fernandes, personalidade prestes a assinalar sessenta anos de carreira. Alberto Rocha, diretor de programas da Rádio Festival e representante da Gala do Fado, explica a necessidade de criar o novo galardão para destacar o “papel importantíssimo dos guitarristas no fado”.
Alberto Rocha assinala ainda como propósito promover a troca de conhecimento entre diversas gerações. “Nos corredores da gala vemos jovens a pedir conselhos aos mais velhos e é interessante perceber que provocamos essa conexão e, acima de tudo, essa passagem de testemunho.”
O programador pretende mostrar que a Gala do Fado “é uma festa para todos”, tanto os profissionais, os ouvintes da rádio, os amantes do género ou meros curiosos. “ Alberto Rocha diz-se contente com a bilheteira conseguida até agora, “muito perto do objetivo”. “Será uma casa cheia”, com a particularidade destacada pelo responsável da Gala do Fado: entusiasmo. “Nesta tarde desfazemos sempre a ideia deste género ser apenas silencioso, quieto e triste. Ao invés, temos a típica comemoração do público do norte, que se levanta, canta, dança e traz muita alegria.” Os bilhetes ainda estão disponíveis e começam nos 25 euros.