A candidatura portuguesa prevê um plano de salvaguarda da canção de Lisboa com um investimento de 1 milhão e 200 mil euros distribuídos por quatro anos.
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O valor é coberto pela Câmara de Lisboa, através da Egeac,e já está em curso há dois anos, pronlongando-se por 2012 e 2013. "São obrigações que constam no plano de salvaguarda a que nos comprometemos com a candidatura e que implica uma lista de edições, inventariações de fundo, a digitalização de gravações de fados históricas e uma série de outras coisas que estão no programa", explica Rui Vieira Nery.
"O plano tem um sem-número de acções que correspondem a um investimento financeiro", confirma Miguel Honrado, administrador da Egeac, lembrando que "qualquer candidatura apresentada à UNESCO tem que assegurar esse tipo de obrigações." A quantia é significativamente inferior ao que os argentinos investiram no tango e os espanhóis no flamenco.
Aliás, o flamenco pode perder o título de património cultural imaterial da Humanidade no próximo ano, pois o instituto para promoção do flamenco não terá dinheiro para cumprir os objectivos a que se propôs. O instituto tem estipulados 1.159.000 euros, quando se comprometeu com a UNESCO a ter 15,5 milhões de euros para 2012.